Mesbla e Mappin preparam-se para voltar

São Paulo - Mesbla e Mappin - dois ícones de lojas de departamentos que faliram em 1999, quando ambas estavam nas mãos do empresário Ricardo Mansur - preparam-se para voltar à atividade. A Mesbla, que retornará em abril ao mercado com um site de comércio eletrônico, já começou a receber o cadastro de clientes interessados em participar dos testes que serão feitos a partir de fevereiro e do pré-lançamento da loja virtual.

Já o Mappin retornará ao mercado pelas mãos da Marabraz, rede especializada no comércio de móveis. A Marabraz comprou a marca e lançará uma rede varejista com a bandeira Mappin, sem perfil ainda definido. O site da Mesbla entrará em operação definitiva em abril. Ao fazer o cadastro, pelo www.mesbla.com.br, o departamento de marketing envia informações sobre o retorno da marca ao varejo, que inicialmente venderá somente pela internet produtos femininos, como calçados, bolsas e roupas.

A empresa Mercantil Brasileira, apresentada como desenvolvedora de soluções para o varejo, fechou em 2008 um contrato com a família Mansur, detentora da marca Mesbla, para explorar o nome no site e receber os direitos de uso da marca Mesbla, que era uma referência de lojas de departamentos no Rio. A marca Mesbla S/A foi uma das poucas mantidas por Mansur, que a comprara em 1997, e agora receberá royalties.

Foi então criada a empresa TeleMercantil, exclusivamente para montar a operação de e-commerce. Segundo o diretor executivo da TeleMercantil, Steve Chen, o contrato com a família Mansur permite que a marca seja utilizada por 20 anos e prevê compartilhamento do faturamento do serviço.

A MESBLA

A operação on-line da Mesbla não tem relação com as dívidas acumuladas pela companhia na década de 90, quando foi comprada pelo empresário Ricardo Mansur. Em 1999, tanto a Mesbla (que tinha uma loja em São Luís) como o Mappin faliram, com dívidas que chegavam a R$ 1 bilhão.

A empresa que faliu foi a Mesbla Departamentos. A Mesbla S.A. continuou sendo atualizada no INPI todo ano, fazendo com que marcas do grupo (Tucano, Anexo e Alternativa) e a própria Mesbla, continuassem em posse de Mansur e não envolvidas na dívida.