40 anos de história e arte do Museu Histórico
Programação cultural marca as comemorações de aniversário
do Museu Histórico e Artístico do Maranhão, de hoje a sexta-feira.
Anderson Corrêa
Da equipe de O Estado
Da equipe de O Estado
Na semana de celebrações de seus 40 anos, o Museu Histórico e
Artístico do Maranhão (MHAM) preparou uma vasta programação para receber o
público. As crianças serão as principais beneficiadas, mas há atividades para
pessoas de todas as idades. Além da exposição permanente que retrata o modo de
vida das famílias abastadas da São Luís dos séculos passados, seus costumes,
hábitos e curiosidades, haverá também contações de história, palestras,
apresentações culturais e exposição especial, com entrada gratuita.
O Projeto Férias no Museu acontecerá de hoje até sexta-feira, a
partir das 14h. Nesta atividade, o público alvo é a criançada, que além de saber
mais sobre o MHAM, participará de contações de histórias e oficinas. Hoje, os
pequenos conhecerão mais da vida de Ana Jansen. Amanhã, a história em destaque
será A Batalha de Guaxenduba, e na quinta-feira (25), um dos mais importantes
fatos históricos do estado, A Balaiada, que tomará como base a narrativa
infanto-juvenil de Wilson Marques. Amanhã, às 14h30, também será ministrada
oficina de percussão. A atividade é indicada para crianças a partir de 11
anos.
“Essa será uma possibilidade dessas crianças conhecerem mais
sobre a história do Maranhão. Estamos dando a elas direito ao conhecimento,
porque sabemos que muitos não têm noção da importância desses acontecimentos na
trajetória histórica do nosso estado. Desta forma, o museu também consolida sua
função social. Isso é cidadania”, enfatizou Luiza Raposo, diretora do MHAM.
Na sexta-feira, às 19h, o professor e membro da Academia
Maranhense de Letras, Lino Moreira, ministrará palestra sobre Joaquim Gomes de
Sousa, o Sousinha, que viveu no Solar onde hoje está localizado o MHAM. Antes,
haverá uma pequena conversa sobre o museu com participação de Luiza Raposo e da
secretária de Estado da Cultura, Olga Simão, que versarão sobre a trajetória da
casa de cultura e de sua contribuição para a sociedade maranhense. Ainda na
sexta-feira, haverá apresentação musical do Grupo de Câmara, da Escola de Música
Lilah Lisboa.
“O MHAM é um espaço que guarda a memória e a história para que a
população possa se identificar e ter o sentimento de pertencimento, como forma
de preservar a identidade cultural de nosso povo. Como diversos museus do país,
desde a criação do Instituto Brasileiro de Museus, o MHAM está passando por
mudanças, tendo uma nova concepção de museologia”, afirmou Luiza Raposo.
Segundo a diretora, o museu tem pensado o espaço de uma forma
diferente, tendo concluído seu plano museológico estratégico no passado.
“Estamos trabalhando com a concepção de museologia social, dialogando com a
sociedade para que ela sinta interesse e possa desenvolver esse sentimento de
pertencimento. O museu está aqui para servir à população e proporcionar a ela
que adentre neste espaço e não fique apenas no discurso, mas viva o museu na
prática”, explicou.
Histórico - Com um rico acervo, composto por aproximadamente 10
mil peças, o museu foi inaugurado em 28 de julho de 1973, data em que se
comemora a adesão do Maranhão à Independência do Brasil. Na casa é possível
manter contato com uma cidade que há muito deixou de existir. Quem chega ao
solar tem, logo na entrada, a noção da suntuosidade do imóvel. Construído com
material trazido do Vale do Itapecuru pelo fazendeiro José Inácio Gomes de
Sousa, que edificou o solar em 1836, a casa conserva grande parte de suas
características originais.
Composto em sua maioria de doações, o acervo traz peças curiosas
como as escarradeiras ou cuspideiras e a cadeira trono (usada dentro do quarto,
é feita em madeira e desempenhava a função de um sanitário). Além destas peças,
um berço de balançar, porcelanas francesas, portuguesas e inglesas, máquinas de
costura movidas à manivela, além de um rico mobiliário da primeira metade do
século XIX chamam a atenção do visitante. Na sala de estar, uma estante em
madeira, presente do então presidente da Argentina Júlio Roca, traz ricos
desenhos que representam pontos turísticos de São Luís e de Buenos Aires,
entalhados na madeira.
Serviço
• O quê
Semana Comemorativa dos 40 anos do MHAM
• Quando
De hoje a sexta-feira
• Onde
Museu Histórico e Artístico do Maranhão (MHAM), Rua do Sol,
302
• Entrada franca
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