terça-feira, 23 de julho de 2013

Museu Histórico e Artístico do Maranhão há 40 anos contando 400 anos de história

40 anos de história e arte do Museu Histórico


Programação cultural marca as comemorações de aniversário do Museu Histórico e Artístico do Maranhão, de hoje a sexta-feira.

Anderson Corrêa
Da equipe de O Estado

 

Na semana de celebrações de seus 40 anos, o Museu Histórico e Artístico do Maranhão (MHAM) preparou uma vasta programação para receber o público. As crianças serão as principais beneficiadas, mas há atividades para pessoas de todas as idades. Além da exposição permanente que retrata o modo de vida das famílias abastadas da São Luís dos séculos passados, seus costumes, hábitos e curiosidades, haverá também contações de história, palestras, apresentações culturais e exposição especial, com entrada gratuita.
O Projeto Férias no Museu acontecerá de hoje até sexta-feira, a partir das 14h. Nesta atividade, o público alvo é a criançada, que além de saber mais sobre o MHAM, participará de contações de histórias e oficinas. Hoje, os pequenos conhecerão mais da vida de Ana Jansen. Amanhã, a história em destaque será A Batalha de Guaxenduba, e na quinta-feira (25), um dos mais importantes fatos históricos do estado, A Balaiada, que tomará como base a narrativa infanto-juvenil de Wilson Marques. Amanhã, às 14h30, também será ministrada oficina de percussão. A atividade é indicada para crianças a partir de 11 anos.
“Essa será uma possibilidade dessas crianças conhecerem mais sobre a história do Maranhão. Estamos dando a elas direito ao conhecimento, porque sabemos que muitos não têm noção da importância desses acontecimentos na trajetória histórica do nosso estado. Desta forma, o museu também consolida sua função social. Isso é cidadania”, enfatizou Luiza Raposo, diretora do MHAM.
Na sexta-feira, às 19h, o professor e membro da Academia Maranhense de Letras, Lino Moreira, ministrará palestra sobre Joaquim Gomes de Sousa, o Sousinha, que viveu no Solar onde hoje está localizado o MHAM. Antes, haverá uma pequena conversa sobre o museu com participação de Luiza Raposo e da secretária de Estado da Cultura, Olga Simão, que versarão sobre a trajetória da casa de cultura e de sua contribuição para a sociedade maranhense. Ainda na sexta-feira, haverá apresentação musical do Grupo de Câmara, da Escola de Música Lilah Lisboa.
“O MHAM é um espaço que guarda a memória e a história para que a população possa se identificar e ter o sentimento de pertencimento, como forma de preservar a identidade cultural de nosso povo. Como diversos museus do país, desde a criação do Instituto Brasileiro de Museus, o MHAM está passando por mudanças, tendo uma nova concepção de museologia”, afirmou Luiza Raposo.
Segundo a diretora, o museu tem pensado o espaço de uma forma diferente, tendo concluído seu plano museológico estratégico no passado. “Estamos trabalhando com a concepção de museologia social, dialogando com a sociedade para que ela sinta interesse e possa desenvolver esse sentimento de pertencimento. O museu está aqui para servir à população e proporcionar a ela que adentre neste espaço e não fique apenas no discurso, mas viva o museu na prática”, explicou.

Histórico - Com um rico acervo, composto por aproximadamente 10 mil peças, o museu foi inaugurado em 28 de julho de 1973, data em que se comemora a adesão do Maranhão à Independência do Brasil. Na casa é possível manter contato com uma cidade que há muito deixou de existir. Quem chega ao solar tem, logo na entrada, a noção da suntuosidade do imóvel. Construído com material trazido do Vale do Itapecuru pelo fazendeiro José Inácio Gomes de Sousa, que edificou o solar em 1836, a casa conserva grande parte de suas características originais.
Composto em sua maioria de doações, o acervo traz peças curiosas como as escarradeiras ou cuspideiras e a cadeira trono (usada dentro do quarto, é feita em madeira e desempenhava a função de um sanitário). Além destas peças, um berço de balançar, porcelanas francesas, portuguesas e inglesas, máquinas de costura movidas à manivela, além de um rico mobiliário da primeira metade do século XIX chamam a atenção do visitante. Na sala de estar, uma estante em madeira, presente do então presidente da Argentina Júlio Roca, traz ricos desenhos que representam pontos turísticos de São Luís e de Buenos Aires, entalhados na madeira.

Serviço


• O quê
Semana Comemorativa dos 40 anos do MHAM
• Quando
De hoje a sexta-feira
• Onde
Museu Histórico e Artístico do Maranhão (MHAM), Rua do Sol, 302
• Entrada franca

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