Lançado programa para valorizar micro, pequenas e médias empresas do MA
Made In Maranhão surge para estimular a fabricação de produtos no próprio estado e disputar um mercado consumidor estimado em R$ 35 bilhões por ano.
O Maranhão tem um mercado consumidor estimado em R$ 35 bilhões por ano em produtos que poderiam ser fabricados no próprio estado. Com o objetivo de internalizar esses recursos na economia local, a partir da inserção competitiva das empresas, especialmente as micro, pequenas e médias, foi lançado ontem, no Convento das Mercês, o Programa de Valorização do Empreendedor Maranhense, o Made In Maranhão.
Lançado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Sedinc), o Made in Maranhão reúne empresários de micro e pequeno porte, funcionários de associações comerciais, sindicatos, cooperativas, artesãos e instituições similares e acadêmicos da área de comércio exterior e afins.
Segundo o secretário Maurício Macedo, tendo em vista esse montante das compras interestaduais, as micro, pequenas e médias empresas maranhenses têm um mercado consumidor em potencial para desenvolver e comercializar seus produtos. "O objetivo do programa é dar competitividade às empresas locais para que estas ofereçam ao mercado os produtos que geralmente são importados", informou.
O Made in Maranhão visa ainda, além de elevar a participação das empresas locais na fabricação de produtos para o consumo interno, inseri-las no mercado exportador, ampliando assim a balança comercial do estado, cuja pauta é centrada basicamente em commodities agrícolas e minerais.
Maurício Macedo disse que, para serem beneficiadas pelas ações do programa, as empresas interessadas devem aderir ao Made in Maranhão - no lançamento já havia cinco empresas participantes -, que passarão por um processo de pré-seleção.
Mucambo - Uma das empresas que aderiram é a Mucambo Criação e Engenharia, empresa genuinamente maranhense que está colocando no mercado o primeiro triciclo híbrido - a parabike -, desenvolvido especialmente para cadeirantes e atletas.
Patenteado desde 2011, o invento do engenheiro mecânico Celso Oliveira já está sendo procurado por outros mercados. A empresa tem encomenda de 10 mil unidades com destino à África. "Estamos apostando nesse programa lançado pelo Governo do Estado, pois vai gerar muitas oportunidades para as empresas maranhenses", assinalou Celso Oliveira.
A presidente da Associação Comercial do Maranhão (ACM), Luzia Rezende, destacou a importância do programa para o fortalecimento das micro e pequenas empresas e a união das instituições, que estão formando um grupo de trabalho para identificar o potencial do mercado interno e quais empresas e produtos locais podem atendê-lo. "Com o programa, vai ser possível identificar o porquê de não se ter preços competitivos no mercado maranhense e também de não se ter instalado determinado tipo de indústria ou comércio", observou.
Pré-seleção - Inicialmente, deverão ser pré-selecionadas empresas instaladas em 20 municípios próximos de São Luís, as quais passarão por capacitação empresarial (por meio de cursos, palestras, seminários).
Também participarão de rodadas de negócios e de missões técnicas, assim como terão acesso a consultorias e assessoria empresarial a custo diferenciado.
Nos três dias do seminário de lançamento do programa, serão realizados cursos, palestras, rodadas de negócios, entre outras atividades. Todas serão desenvolvidas por representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), com as empresas parceiras que compõem o Grupo de Trabalho (GT) do programa.
Mais
O Grupo de Trabalho do Made In Maranhão é composto pelo Banco do Brasil, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), Correios, Caixa, Banco do Nordeste, Associação Comercial do Maranhão (ACM), Banco da Amazônia, Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto de Metrologia e Qualidade Industrial do Maranhão (Inmeq-MA), Ministério da Agricultura, Receita Estadual, Receita Federal, Rede Agentes e Serviço Brasileiro de Apoio à Micro Pequena Empresa (Sebrae).
Número
R$ 35 bilhões é o valor de produtos que poderiam ser fabricados anualmente no Maranhão
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