Estudantes de Turismo vão apresentar estudo que mostra a importância da Fundação da Memória Republicana Brasileira como centro de acervo documental.
O Museu da Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB),
com sede no Convento das Mercês, será destaque na 65ª Reunião Anual da Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Os estudantes do curso de Turismo
da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Rayanne Pereira, Moseyevenny
Pinheiro e Jean Rousseau Lira, apresentarão o fruto de pesquisa sobre a casa de
cultura que guarda acervos que contam a trajetória política de José Sarney
enquanto presidente do Brasil.
Um dos objetivos do trabalho é consolidar o Museu da Fundação da
Memória Republicana Brasileira como um grande Centro de Divulgação e
Documentação Presidencial. Outros objetivos são fomentar o museu através da
pesquisa nas escolas; estimular a visitação da comunidade e turistas no museu e
contribuir para a inserção do mesmo na rota de visitação dos pontos turísticos
do Centro Histórico de São Luís.
Os estudantes, que estagiaram como guias no museu, observaram
que boa parte das pessoas que visitavam a Fundação chegava ao local apenas com o
interesse de conhecer a construção histórica. Segundo eles, os visitantes, em
que se incluem turistas e moradores da cidade, se admiravam quando tomavam
conhecimento de que no local também havia um museu que preserva e conserva parte
da história republicana do país.
“O prédio tem sua importância histórica na cidade, porque é uma
construção colonial que preserva muito de suas características originais. Mas há
mais do que isso. O museu é importante para a comunidade, importante para o
turismo da cidade”, afirmou Jean Rousseau Lira.
Revalorização - Segundo os estudantes, o Convento das Mercês
esteve por algum tempo fora dos roteiros turísticos do Centro Histórico de São
Luís por estar localizado em uma área mais periférica da região. Essa
localização aliada à questão da pouca segurança na localidade também afastou os
visitantes.
“Por mais que esteja distante da região mais visitada do Centro,
queremos mostrar que vale a pena conhecer o museu, principalmente porque é um
dos mais estruturados da cidade. Só o fato de ter acessibilidade já é uma grande
vantagem para o público. A gente que trabalha com turismo sabe que é difícil
para muitos portadores de necessidades especiais terem acesso a esses espaços
quando localizados em prédios históricos”, comentou Rayanne Pereira.
Os estudantes pretendem ampliar o trabalho futuramente enfocando
outros projetos desenvolvidos pela Fundação, entre eles as atividades de cunho
social como forma de inserir a comunidade dentro do museu e democratizar esse
espaço.
A presidente da Fundação, a advogada Anna Graziella Costa,
parabenizou o trabalho dos ex-estagiários e ressaltou que a FMRB tem se dedicado
cotidianamente a fazer da instituição mais do que um museu em acepção estática,
mas um centro de difusão e fomento da Cultura, da História, da Literatura e das
Artes. “Queremos que não apenas eles, mas outros estudantes e professores também
possam usufruir deste espaço, torná-lo corpus de estudos. Desejamos que utilizem
esse rico acervo bibliográfico e museológico que temos aqui como fonte de
pesquisa”, disse.
Desde que foi reaberto ao público, no dia 8 de outubro do ano
passado, o Museu da Fundação da Memória Republicana Brasileira já recebeu
aproximadamente 13 mil visitantes que, além das visitas guiadas, participaram de
atividades diversas promovidas pela instituição. A FMRB administra um dos mais
importantes acervos da memória política contemporânea do país que inclui mais de
40 mil itens.
As peças foram doadas ao Governo do Estado do Maranhão em 2011
e, conforme a Lei Estadual nº 9.650, de 27 de julho de 2012, passaram a compor o
acervo da Fundação, entidade vinculada à Secretaria de Estado de Educação
(Seduc). A coleção da FMRB tem aproximadamente 5 mil peças museológicas entre
itens de arte sacra, esculturas, gravuras e trajes oficiais, medalhas,
condecorações e presentes dados por pessoas da comunidade ao president.
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