sexta-feira, 7 de junho de 2013

EXPANSÃO DO SISTEMA PORTUÁRIO DE SÃO LUÍS VAI ALÉM DO PORTO DO ITAQUI



Além do projeto do terminal de grãos, outras entidades, como a Conab e a empresa VLI, têm investimentos no setor de exportação.

O portal de notícias G1, no Rio de Janeiro, e os seus filiados nos demais estados do país fizeram um levantamento dos principais problemas nos 10 maiores portos nacionais (sendo o Itaqui, no Maranhão, o quinto no ranking), a fim de mostrar os desafios a serem superados pelo setor, a partir do novo marco regulatório, a Lei dos Portos (número 12.815/13), sancionada pela Presidência da República nesta semana. De acordo com o noticiário, a dificuldade de acesso aos terminais de carga é o principal problema do setor portuário.

Segundo o informativo, os 10 maiores portos brasileiros apresentam como problema comum atrasos na entrega, aumento dos preços e prejuízos às empresas envolvidas nas operações, além de congestionamentos em rodovias que levam aos portos, falta de pátios para estacionamento de caminhões, planos de movimentação ineficientes e problemas em terra. Há ainda restrições para a navegação por conta da baixa profundidade, entraves burocráticos e embaraço na execução de obras.

A solução para esses problemas, segundo o portal de notícias, motivou a criação da Lei dos Portos, aprovada no mês passado pelo Congresso Nacional, fruto da Medida Provisória 595,12, que foi sancionada nesta semana pela presidente Dilma Rousseff, para modernizar os portos do país.

Neste sentido, o portal fez um levantamento dos problemas que barram o desenvolvimento dos dez principais portos - em valores de exportação - e ouviu administradores e especialistas do setor para mostrar quais são os projetos de melhorias já em andamento e o que precisa ser feito para tornar os escoadouros da produção nacional mais eficientes.

O Complexo Portuário de São Luís (CPSL) integra o porto público organizado do Itaqui e os terminais privativos da Alumar, que movimenta insumos para a metalurgia dos alumínio (principalmente bauxita e soda cáustica), e o Terminal Ponta da Madeira, operado pela mineradora Vale, que exporta minério de ferro, o maior volume de carga do complexo portuário, aproximadamente 90 milhões de toneladas da commoditie no ano passado.

O sistema portuário fechou 2012 com 133 milhões de toneladas de cargas movimentadas, sendo o Porto do Itaqui responsável por 15,7 milhões de toneladas, um aumento de 12% em relação ao ano anterior. A estatística oficial de movimentação de carga no Terminal da Alumar não foi divulgada.

A reportagem do G1, com foco no Porto do Itaqui, deu ênfase à tramitação do processo de implantação do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), que visa escoar 5 milhões de toneladas de produtos agrícolas a partir do primeiro semestre de 2014.

Ocorre que, atualmente, o sistema portuário movimenta 3,2 milhões de toneladas de grãos, sendo a empresa VLI, criada pela Vale, responsável pelas maioria das operações, executadas no berço 105 do Itaqui (também chamado de Píer II da Vale), dedicado prioritariamente ao embarque de soja (2,5 milhões de toneladas no ano passado).

Em fins de maio deste ano, a VLI divulgou com exclusividade em O Estado o investimento de R$ 150 milhões em infraestrutura no sistema portuário de São Luís, inaugurando um silo de armazenamento de grãos e uma moega - estrutura do sistema de descarregamento de trens.

O novo armazém tem capacidade para 45 mil toneladas. A área total de 250 metros quadrados foi projetada para aumentar a logística da VLI, permitindo maior ganho nas operações de descarga de vagões e embarque de navios, além da confiabilidade do sistema.

Nesta semana, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou investimento de R$ 350 milhões para a construção de 10 novas unidades armazenadoras no país, o que inclui um novo armazém para grãos agrícolas no Porto do Itaqui. A ampliação foi anunciada terça-feira, durante a divulgação do Plano Agrícola e Pecuário 2013/2014, realizada no Palácio do Planalto, em Brasília.

Ainda em relação ao Tegram, que deve entrar em operação no próximo ano (primeira fase), a segunda etapa do prevê dobrar a capacidade logística e atingir 10 milhões de toneladas, de acordo com a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap). Uma vez concluída, a obra mudará o eixo de exportação de grãos do país.


Multimodal - Derivados de petróleo, soja, ferro gusa, milho, cobre, álcool, alumínio, contêiner, carga geral, fertilizantes, carvão, cimento, antracita/betonita, arroz, calcário, trigo, trilhos, GLP, manganês, arroz, clínquer (subproduto da indústria do cimento), fluoreto são as principais cargas movimentadas no Porto do Itaqui.

Para isso, o porto conta com localização estratégica na costa da região Nordeste e rotas mais curtas para Europa e EUA, tem rede rodoviária com mais de 55 mil km, ligando rodovias federais, estaduais e municipais, rede ferroviária formada pela Transnordestina Logística S.A. (TLSA) e Estrada de Ferro Carajás (EFC)/Ferrovia Norte-Sul (FNS), além de proximidade do Distrito Industrial de São Luís e do aeroporto internacional, e canal de acesso com largura mínima de 500 metros e profundidade de até 25 metros.

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A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), gestora do Porto do Itaqui e autoridade portuária de São Luís, afirma que entre os projetos com previsão de execução entre 2016 e 2020 estão o Terminal de Contêiner, cuja primeira fase terá mais um berço, retroárea, ponte de acesso e área de estocagem em terra, e o Terminal de Fertilizantes, que tem projeto estruturante com um novo berço dedicado a essa carga com previsão de ser licitado em 2014 e capacidade final de 5 milhões de toneladas por ano, três lotes, dois armazéns por lote medindo 5 mil m² e capacidade de 25 mil toneladas, totalizando 150 mil toneladas de capacidade estática.

A estimativa é que o crescimento médio seja de 31% na movimentação de fertilizantes, acompanhando a tendência de crescimento da movimentação de grãos, do setor sucroalcooleiro, do algodão de produtos florestais. A movimentação de fertilizantes no Itaqui em 2012 foi de 1,2 milhão em cargas, representando 16% dos granéis sólidos e 8% do total das cargas movimentadas no ano.

Há ainda o Terminal de Pellets e Celulose, cuja previsão é de capacidade para até 3 milhões de toneladas por ano e investimentos da iniciativa privada estimados em R$ 230 milhões.

Fonte: O Estado do Maranhão

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http://www.sedinc.ma.gov.br/paginas/...=#.UbIJJTq5cW4

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