SÃO PAULO - A alteração do cronograma para entrada em operação das termelétricas Maranhão IV e Maranhão V, da MPX, voltou à pauta da reunião da diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que avaliará o pedido na terça-feira, 22. As termelétricas deveriam ter entrado em operação este mês e o pedido a ser apreciado pela Aneel é para que as usinas entrem em operação até abril.
O empresário Eike Batista, acionista controlador da MPX, disse nesta semana, após reunião no Ministério de Minas e Energia (MME), que as usinas Maranhão III e Maranhão IV entrariam em operação até fevereiro.
A MPX esclareceu, por meio de assessoria de imprensa, que a operação de turbinas da Maranhão IV e Maranhão V (cerca de 680 MW) já deve mesmo começar a acontecer este mês, com a entrada completa ocorrendo até fevereiro ou início de março, apesar do pedido na Aneel.
A Aneel também irá avaliar, na terça-feira, a alteração no cronograma para a entrada da UTE Porto de Pecém II (365 MW), também da MPX, de janeiro para abril. A usina está em fase de testes, segundo a assessoria da MPX.
Já a usina Maranhão III, mencionada por Eike nesta semana, só precisa entrar em operação em 2014, segundo a MPX.
Hidrelétricas - Relatório da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgado ontem mostra que as usinas hidrelétricas do país produziram, em novembro de 2012, 43.289 megawatts (MW) médios, o que representou 73,9% da geração do Sistema Interligado Nacional (SIN).
A geração hidrelétrica, porém, ficou 9,3% abaixo do previsto para o período, que era de um montante de 47.748 MW. A queda foi provocada pelo nível reduzido nos reservatórios do país devido às chuvas abaixo do previsto no período. Com reservatórios mais baixos, as hidrelétricas precisaram poupar água.
Desde meados de outubro, o Operador Nacional do Sistema (ONS) vem despachando mais usinas termelétricas para atender à demanda por energia no país. A medida é adotada em épocas de estiagem justamente para ajudar a encher os reservatórios do país. O problema é que o uso da energia térmica, mais cara, pode levar a aumento na conta de luz paga pelos consumidores a partir deste ano.
Segundo o relatório da CCEE, foram gerados em novembro no país 59.224 MW médios para atender à demanda por energia. Desse total, 14.836 MW (25,05%) foram de energia térmica.
No início de janeiro, os principais reservatórios do país chegaram a níveis de armazenamento de água semelhantes ao do período pré-racionamento, adotado em junho de 2001. A situação levou a aumento do temor de que o país pudesse enfrentar desabastecimento de energia, o que o governo nega.
Mais
Entre os principais empreendimentos que deverão começar a operar no máximo até maio estão as termelétricas da MPX: Maranhão V (337,6 MW); Maranhão IV (337,6 MW); Porto de Itaqui (360,14 MW); Nova Venécia (176 MW); e Pecém II (360 MW); além da ampliação de Pecém I (360 MW).
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