quarta-feira, 17 de abril de 2013

Sítio do Físico

 

Ruínas do Sítio do Físico / Foto: De Jesus

No século XIX, São Luís passava por um processo de industrialização com a instalação de fábricas na cidade, como o Sítio Santo Antônio da Alegria ou Sítio do Físico (denominação popular dada ao local devido ao seu proprietário, o físico-mor da então Capitania Geral do Maranhão, Antônio José Pereira da Silva).
Situado às margens do Rio Bacanga, em um terreno de 100 hectares, esse foi o maior complexo industrial do estado, considerado também o primeiro parque industrial planificado do Brasil. No local foi iniciada a construção de composto de indústrias de beneficiamento de arroz, sal, couro curtido, pólvora, cera, vela e cerâmica. Além disso, após a morte do físico em 1817, passou a fabricar fogos de artifícios.

Conheça também a Fábrica Santa Amélia

A fábrica era formada por fornos, caldeiras, curturme, armazéns, poços, cais e canalizações de rede de esgotos para águas pluviais e resíduos de curtume, entre outras estruturas. No terreno havia também uma casa grande – alpendrada e calçada de cantaria e cerâmica –, uma igreja e uma senzala, assim com as antigas casas de engenho. Do conjunto de edificações, resistem atualmente ruínas da muralha, de alguns poços, uma escadaria, rampas, tanques e a fornalha.

Relíquia - Com a desativação do parque industrial, o Sítio do Físico se transformou em verdadeira relíquia arqueológica que sofre com a ação do tempo. Em 2006, pesquisadores encontraram sambaqui (restos de conchas e alimentos acumulados) no local onde estava situada a reserva de cal, comprovando a presença de aldeias indígenas há pelo menos 5 mil anos na região. Pesquisas também encontraram vários padrões de azulejos, do período pombalino.

Ruínas do Sítio do Físico / Foto: Diego Chaves

O acesso ao sítio é feito por uma estrada de areia e terra batida, pela reserva do Parque Estadual do Bacanga. O caminho mais fácil é por dentro da área da Companhia de Água e Esgoto do Maranhão (Caema), pertencente ao Estado, mas é necessário autorização para entrar. Não há restaurantes no lugar e nem local para descanso.
Atualmente, as ruínas encontram-se ameaçadas pela falta de conservação e pela invasão imobiliária desordenada. Algumas casas já foram construídas a menos de 300m das construções históricas. Se quiser visitar algumas agências de viagens locais programam passeios.

Com informações de Yane Botelho.
 
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