quarta-feira, 12 de setembro de 2012

UFMA vai instalar curso de Medicina em dois municípios, Imperatriz e Pinheiro


 
 
IMPERATRIZ - A Pró-Reitoria de Ensino da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) criou uma comissão que trabalha há cerca de duas semanas para preparar a instalação do curso de Medicina nos campi de Imperatriz e Pinheiro. Embora o curso seja considerado complexo, por depender de grande estrutura e de logística, a previsão é que a primeira turma ingresse em agosto de 2013, caso não aconteçam imprevistos. A comissão é formada por um integrante da Pró-Reitoria de Ensino e por diretores dos dois campi. O subprefeito do campus de Imperatriz, Fernando Magalhães, completa a equipe.
O diretor temporário do Campus de Imperatriz, Marcelo Soares, explicou que são vários os trâmites para a instalação do curso e que a comissão atua na esfera local para a elaboração do projeto político-pedagógico.
"Essa comissão foi instaurada agora, pouco mais de duas semanas, e a gente está na fase de finalização da parte político-pedagógica, que é a primeira exigência que se tem para poder criar um curso. Seria o que nós vamos ensinar e de que maneira vamos ensinar", ressaltou o diretor.
Os integrantes da comissão têm até junho do ano que vem para entregar o projeto às instâncias superiores, como o Ministério da Educação (MEC). Marcelo Soares disse que o projeto pedagógico tem que ser submetido à avaliação de uma comissão superior, além de atender às regras do Pró-Saúde, um braço do MEC que rege os procedimentos para a instalação dos cursos de Medicina no Brasil.
 
Início - De acordo com Soares, após a aprovação o campus de Imperatriz já terá condições para iniciar as aulas para a primeira turma, mesmo sem a logística ideal, que seria a existência de um hospital-escola.
Para isso, será fundamental que a instituição de ensino firme convênio com hospitais da cidade. Ciente dessa situação, a comissão da UFMA já começou a se reunir com a Prefeitura, de quem teria recebido apoio imediato para firmar parcerias com os hospitais.
"Estamos tentando viabilizar, com apoio da Prefeitura, esses convênios com hospitais da região para que esses alunos já possam entrar em aula e poder participar do dia a dia dessas unidades de saúde", informou o diretor, reconhecendo que a construção de um hospital-escola é uma obra complexa que pode demorar.
Embora o prazo de conclusão e envio do projeto político-pedagógico, acadêmico e de logística tenha sido definido para junho de 2013, Soares disse que não há como dar garantias sobre o início das aulas.
"Se a gente conseguir concluir esses prazos em agosto, já estaremos teoricamente habilitados para receber esses alunos. O único problema dos prazos é que depende de outras coisas também", ponderou o diretor temporário do campus de Imperatriz.
 
Professores - A segunda parte da instalação do curso, após a aprovação do projeto, diz respeito à ordem prática, o que consiste na realização de concurso público para a contratação de professores e a viabilização dos convênios. Na mesma reunião realizada quinta-feira (6), com a representantes da Prefeitura de Imperatriz para tratar de convênios com hospitais, os membros da comissão aproveitaram para cobrar algumas demandas referentes ao campus do Povoado Bom Jesus.
Construído há mais de dois anos, o Campus do Bom Jesus nunca funcionou em razão da existência de problemas de infraestrutura do prédio. A direção listou 587 itens (pendências) com a construtora e vem cobrando a solução de cada um deles, embora a resolução de alguns possibilitaria a utilização do prédio.
O Governo do Estado vem executando o asfaltamento da estrada de acesso e a prefeitura se comprometeu em fazer um estudo sobre a demanda e colocar linhas de ônibus do Centro à instituição de ensino superior. À prefeitura também foi solicitada a retirada de postes que estão instalados na área da estrada, o que vem dificultando o trabalho da construtora que asfalta a via.
 
 
Professores retornarão dia 17 para a sala de aula
 
Depois de 110 dias de greve em adesão a movimento nacional da categoria, os professores da Universidade Federal do Maranhão anunciaram para o dia 17 deste mês o retorno às atividades em sala de aula. O representante do movimento sindical em Imperatriz, Marcos Fábio Matos, disse que, em assembleia, a categoria optou por suspender a greve, mantendo a mobilização.
A liderança disse que a proposta defendida pela entidade que reúne a categoria é que todos os servidores das instituições federais de ensino suspendam unificadamente a greve dia 17, quando a Pró-Reitoria de Ensino, no caso da UFMA, começará a refazer o calendário de aulas.
"A estratégia agora é que a gente pressione deputados e senadores a mudar a Lei de Diretrizes Orçamentárias e, com isso, conseguirmos as nossas reivindicações, como aporte à pesquisa, ensino, e aporte financeiro à extensão, coisas que estávamos reivindicando e não fomos atendidos", ressaltou Marcos Fábio.
O sindicalista disse que a categoria está ciente de que, quando se entra em uma greve, não se conquista tudo o que é reivindicado e no caso das negociações com o Governo Federal houve um ganho, mas numa parte bem menor do que o esperado.
 
Aulas - A paralisação de mais de três meses provocou prejuízos ao calendário letivo. Os alunos não conseguiram concluir o primeiro semestre e o segundo nem começou ainda. Apesar disso, Marcos Fábio garantiu que é possível ajustes.
"A ideia que está sendo adotada por todas as federais que estão voltando é que se use mais ou menos um mês para terminar o semestre e uma semana para arrumar notas e rematrícula e depois o retorno e se retome automaticamente para terminar o ano letivo. O que vai acontecer na prática é que calendário que terminaria no fim de dezembro vai até fevereiro", explicou o dirigente sindical, alegando que essa atribuição de refazer o calendário é exclusivamente das instituições de ensino.
 
 
Professores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) decidem, na tarde de hoje, às 17h, em assembleia geral da Associação de Professores da UFMA (Apruma) a suspensão ou continuidade da greve, que dura 118 dias. Durante a reunião, serão avaliadas as propostas de continuidade do movimento colocadas pelo comando nacional de greve e o indicativo pelo encerramento, feito na última assembleia do comando local.
Segundo o professor Ariel Costa, diretor de relações sindicais da Apruma, a volta às aulas na UFMA ainda não está confirmada como foi divulgada em alguns veículos de comunicação. "Em nenhum momento dissemos que a greve na UFMA foi encerrada. Só demos um indicativo disso. Amanhã [hoje], os docentes votarão nas propostas dos comandos de greve", afirmou.
 
Volta - O comando local de greve da associação de professores foi um dos 13 comandos que apontou um indicativo de volta às salas de aula para o comando nacional, entre um grupo de 36 universidades que continuava apoiando a greve iniciada no dia 17 de maio.
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino (Andes) divulgou um comunicado, na segunda-feira, dia 10, reforçando que a greve de professores das universidades federais continua, mesmo com a saída de alguns comandos locais do movimento grevista. A greve chegou a ter adesão em 57 das 59 instituições, mas agora apenas os professores de 23 instituições de ensino superior mantêm a paralisação sem prazo para voltar ao trabalho.
Caso os docentes da UFMA votem pela continuidade no movimento grevista, será realizada uma nova assembleia na próxima semana. Segundo o professor Ariel Costa, o comando local de greve continuará apoiando a greve nacional mesmo com a aprovação para que as aulas sejam retomadas.

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