Encontro que reúne colecionadores de carros antigos e motocicletas atrai visitantes em São Luís. A exposição Salão de Carros Antigos mostrou modelos clássicos em evento gratuito no pátio do Space Room, localizado no Calhau, na tarde de sábado. Aproximadamente 40 veículos foram exibidos. A mostra é organizada pela Associação Maranhense de Veículos Antigos (Amava). Nos dias 11, 12 e 13 de novembro, a cidade sediará o VII Evento Nordeste de Veículos Antigos.
Entre os carros, esteve um Cadillac Eldorado preto, de 1978 e fabricação americana. O automóvel foi adquirido pelo aposentado Manoel Salomão, há 11 anos. Ele é o terceiro proprietário do veículo. "Comprei-o pelo estilo. Não é por beleza nem qualidade. Gosto de sair dirigindo-o pelas ruas, exibindo-o. É com ele que ando pela cidade, não tenho outro carro", afirmou.
Para o diretor-secretário da Amava, Arnaldo Mubárack, os veículos históricos recuperaram o luxo de outros tempos, porque souberam guardar histórias.
Normalmente os veículos antigos são automóveis de família que são preservados. É o caso do Chrysler, modelo Windsor, de 1951, pertencente ao empresário Fernando Silva, de 70 anos.
O automóvel de fabricação americana era de seu avô, Adelino Silva, cônsul de Portugal no Maranhão. O carro tem cinco metros de comprimento e quase dois de largura. "Quem conhece e gosta, preserva", contou.
Placa preta - A maioria dos automóveis tem idade superior a 20 anos. Muitos passam dos 30 anos. Aqueles que conseguem essa façanha, mantendo um mínimo de 80% das peças originais, ganham a tão almejada placa preta, que representa um símbolo de história e atestado de originalidade.
A placa preta designa que o carro é histórico e pertence a colecionador. Para usar o símbolo, o veículo tem de ter três décadas de idade ou mais. O carro também tem de preservar as características do ano de origem.
É um tipo de comenda que não só eleva o status do automóvel, como também dá a ele considerável valor histórico. Alcançar o feito demanda muito cuidado, afinal, fazer com que um carro antigo seja composto por peças originais, dependendo do modelo, geralmente custa muito dinheiro.
Para preservar o Humber de 1951, modelo Hawk, de fabricação inglesa, que pertenceu ao seu pai, Fernando Silva precisa importar as peças. "Esse foi o primeiro carro que dirigi, aos 10 anos. Para conservá-lo assim, a manutenção é rigorosa", explicou.
Para conseguir a placa preta, o proprietário também precisa filiar-se a um clube credenciado pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Em São Luís, a Amava é autorizada a expedir a placa preta. A cada dois anos, uma nova avaliação é realizada.
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