segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Colecionadores de carros antigos se reúnem em encontro em São Luís


Colecionadores de carros antigos se reúnem em encontro em São Luís


Encontro que reúne colecionadores de carros antigos e motocicletas atrai visitantes em São Luís. A exposição Salão de Carros Antigos mostrou modelos clássicos em evento gratuito no pátio do Space Room, localizado no Calhau, na tarde de sábado. Aproximadamente 40 veículos foram exibidos. A mostra é organizada pela Associação Maranhense de Veículos Antigos (Amava). Nos dias 11, 12 e 13 de novembro, a cidade sediará o VII Evento Nordeste de Veículos Antigos.
Entre os carros, esteve um Cadillac Eldorado preto, de 1978 e fabricação americana. O automóvel foi adquirido pelo aposentado Manoel Salomão, há 11 anos. Ele é o terceiro proprietário do veículo. "Comprei-o pelo estilo. Não é por beleza nem qualidade. Gosto de sair dirigindo-o pelas ruas, exibindo-o. É com ele que ando pela cidade, não tenho outro carro", afirmou.
Para o diretor-secretário da Amava, Arnaldo Mubárack, os veículos históricos recuperaram o luxo de outros tempos, porque souberam guardar histórias.
Normalmente os veículos antigos são automóveis de família que são preservados. É o caso do Chrysler, modelo Windsor, de 1951, pertencente ao empresário Fernando Silva, de 70 anos.
O automóvel de fabricação americana era de seu avô, Adelino Silva, cônsul de Portugal no Maranhão. O carro tem cinco metros de comprimento e quase dois de largura. "Quem conhece e gosta, preserva", contou.
Placa preta - A maioria dos automóveis tem idade superior a 20 anos. Muitos passam dos 30 anos. Aqueles que conseguem essa façanha, mantendo um mínimo de 80% das peças originais, ganham a tão almejada placa preta, que representa um símbolo de história e atestado de originalidade.
A placa preta designa que o carro é histórico e pertence a colecionador. Para usar o símbolo, o veículo tem de ter três décadas de idade ou mais. O carro também tem de preservar as características do ano de origem.
É um tipo de comenda que não só eleva o status do automóvel, como também dá a ele considerável valor histórico. Alcançar o feito demanda muito cuidado, afinal, fazer com que um carro antigo seja composto por peças originais, dependendo do modelo, geralmente custa muito dinheiro.
Para preservar o Humber de 1951, modelo Hawk, de fabricação inglesa, que pertenceu ao seu pai, Fernando Silva precisa importar as peças. "Esse foi o primeiro carro que dirigi, aos 10 anos. Para conservá-lo assim, a manutenção é rigorosa", explicou.
Para conseguir a placa preta, o proprietário também precisa filiar-se a um clube credenciado pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Em São Luís, a Amava é autorizada a expedir a placa preta. A cada dois anos, uma nova avaliação é realizada.

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