segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Oficiais da Escola de Guerra Naval conhecem o setor portuário do MA


Integrantes do Curso de Política e Estratégia Marítimas (C-PEM) da Escola de Guerra Naval (EGN) da Marinha do Brasil participaram, ontem, de um encontro com o secretário de Estado de Indústria e Comércio (Sinc), Maurício Macedo, no auditório do Palácio Henrique de La Rocque, na Avenida Jerônimo de Albuquerque. Os militares estão em visita de estudo no Maranhão, em busca de conhecimentos sobre o setor marítimo e portuário local, além informações sobre aspectos políticos, econômicos e tecnológicos.

A turma é constituída por 44 capitães-de-mar-e-guerra da Marinha do Brasil; dois coronéis do Exército Brasileiro; um coronel da Força Aérea Brasileira; dois engenheiros civis da Marinha e um capitão-de-longo-curso (CLC) da Marinha Mercante. Hoje (10), os militares vão conhecer as instalações da Marinha na Ponta da Espera, localizada na região portuária do Itaqui. Amanhã, a turma da EGN embarca para Manaus (AM), onde realizarão uma visita de estudos similar à ocorrida em São Luís, e depois retornam para a sede da instituição, no Rio de Janeiro (RJ).

“O Maranhão é um estado em franco desenvolvimento. Visitamos o Porto do Itaqui e conhecemos as obras de reforma e ampliação, e também obtivemos informações sobre os investimentos da Vale e Alumar, tanto no setor portuário como no desenvolvimento industrial do estado”, disse o diretor da EGN, contra-almirante (CAlte) Ricardo Albergaria Claro.

O secretário Maurício Macedo, na oportunidade, informou que 99,98% das exportações maranhenses são efetuadas pela via portuária, ao proferir a palestra intitulada "Aspectos Econômicos e Estratégicos do Estado do Maranhão". Macedo afirmou que o Maranhão é um estado privilegiado do ponto de vista de logística marítima, pois o nosso litoral (o segundo maior do país, com 640 quilômetros de extensão) está próximo dos principais mercados do mundo (EUA, Europa e Ásia) e também dos principais portos do Brasil.

Integração - Macedo disse também que o Maranhão é um ponto de convergência do chamado Corredor Centro-Norte de exportação, que integra a Ferrovia Norte-Sul, a Hidrovia Tocantins-Araguaia e o Complexo Portuário de São Luís. Segundo o secretário, o desenvolvimento dessa cadeia logística vai atender a demanda de exportação de grãos agrícolas do Centro-Oeste e Sudeste para os próximos anos, absorvendo até 15 milhões de toneladas por ano, por meio do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), projeto em fase de implantação no Porto do Itaqui.

Neste sentido, o secretário também apresentou outro modal logístico do Maranhão para o agronegócio, como o eventual desenvolvimento da navegação nas bacias hidrográficas do estado, em destaque para os rios Itapecuru, Mearim, Grajaú, Pindaré, Balsas, Tocantins e Parnaíba. “Nesses rios, há condições de navegação em vários trechos e, com alguns investimentos em obras de infra-estrutura, é possível ampliar as rotas fluviais em todo o estado”, ressaltou Macedo.

"Estamos repassando a eles [os militares] as informações mais importantes que consideramos sobre o Maranhão e que serão úteis para o curso que eles estão fazendo. Aproveitamos também para destacar os aspectos relevantes sobre o momento em que o Maranhão vive, em termos de investimentos em grandes projetos", disse o secretário Maurício Macedo.

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