Os smartphones são tão comuns hoje em dia que é fácil esquecer que eles são maravilhas incríveis da ciência. Para se ter uma ideia, temos no bolso computadores milhões de vezes mais poderosos do que os que a Nasa usou para colocar o homem na lua em 1969.
E cada vez mais descobrimos que podemos usar essas supermáquinas para mais do que curtir fotos no Facebook, tirar selfies ou caçar pokémon. Uma nova fronteira está se abrindo na medicina de aplicativos e periféricos que prometem diagnósticos mais rápidos e baratos e, em consequência, democratizar o acesso à saúde.
Veja abaixo alguns exemplos de aplicativos que prometem revolucionar o acesso à medicina:
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Créditos: catra-eye
Criado com ajuda de brasileiros, app é mais eficiente que diagnósticos tradicionais de catarata.
CATRA, o aplicativo de diagnóstico de catarata
Criado por uma equipe contendo os brasileiros Vitor Pamplona e Erick Passos no Media Lab do MIT, o CATRA é um adaptador que faz o diagnóstico de catarata. Junto com um aplicativo dedicado, o app dispara flashes de luz na tela e determina a presença da doença de acordo com a reação do olho do paciente. A equipe diz que o diagnóstico é até mais eficiente que os métodos convencionais, permitindo que a doença seja encontrada e combatida em seus estágios iniciais.
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Créditos: noah-white-eye-syndrome
Tumor foi descoberto no olho da criança devido a fotos de redes sociais.
Fotos digitais detectando câncer de olhos em recém-nascidos
Bebês foram disgnosticados com retinoblastoma, um tipo raro de câncer que forma um tumor atrás do olho, pelos olhos aparecerem sem o típico "vermelho" do flash. Conforme informado pelo site de tecnologia Hongkiat, o fenômeno aconteceu com o norte-americano Bryan Shaw, que descobriu assim a doença em seu filho em tempo para que o olho fosse salvo.
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Créditos: scan-eye-kenya-1
90% das pessoas com problemas visuais vivem em países pobres e sem acesso a tratamento.
Aplicativo diagnostica cegueira em países pobres com smartphones
Estima-se que mais de 90% das pessoas com cegueira ou problemas visuais vivem em países pobres, sem acesso a saúde. O médico Andrew Bastawrous criou o app Peek, que ajuda a diagnosticar os problemas com a ajuda de assistentes sociais que fazem visitas nas casas dos pacientes de áreas remotas. Com a ajuda da câmera, as informações são transmitidas para um especialista que faz o diagnóstico e, se necessário, pede a internação. O Peek está atualmente sendo testado no Quênia com 5 mil pacientes.
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Créditos: ozcan-nano
App torna o celular um laboratório portátil.
Diagnóstico de doenças no rim e diabetes
Pesquisadores da universidade UCLA criaram um aparelho que detecta níveis de albumina lançando luz na urina do paciente após ele tomar uma tinta fluorescente. O processo permite diagnosticar pacientes com diabetes em apenas 5 minutos. Cada aparelho custa apenas de US$ 50 a US$ 100 para ser produzido.
uchek
Créditos: uchek
Novos aplicativos baixam em muito o preço do diagnóstico das doenças.
Doenças urinárias
O Uchek é outro aparelho de diagnóstico, que detecta 25 doenças urinárias analisando um foto de uma folha de amostra molhada com a urina do paciente. O aplicativo custa apenas US$ 1 e cada folha US$ 20.
MobiSante
Créditos: MobiSante
App funciona em qualquer celular junto com um ultrassom.
Aparelho de ultrasom que funciona com smartphones
O MobiUS é um sistema de imagens de ultrasom feito para funcionar com smartphones. O software pode ser usado por clínicas menores para diversas aplicações, como descobrir desordens nos rins e diagnosticar gravidez. As imagens e o vídeo podem então ser compartilhadas por email ou conexão USB.
Periférico descobre doenças analisando o sangue.
Créditos: Periférico descobre doenças analisando o sangue.
Periférico descobre doenças analisando o sangue.
App que descobre sífilis e HIV
Um pequeno periférico ligado a smartphones está permitindo diagnosticar doenças como HIV e sífilis de amostras de sangue dos pacientes. Desenvolvido por uma equipe da universidade de Columbia, o aparelho custa apenas US$ 34 dólares e faz os testes durarem só 15 minutos. O app, que requer pouco treinamento, já está em fase de testes em países como a República de Ruanda.