Atracadouro está em fase de concretagem das fundações, segundo site especializado, no Terminal Ponta da Madeira, em São Luís (MA).
A expansão da logística no Norte do Brasil alcançou um novo marco em dezembro de 2013, com o início das obras de fundação do berço Norte do Píer IV do Terminal Ponta da Madeira (TPM), em São Luís. Segundo notícia publicada pelo site da revista Fator Brasil, a obra está em fase de concretagem dos primeiros elementos pré-moldados.
Em nota, a assessoria de imprensa da Vale informou que a notícia publicada na Fator Brasil não foi divulgada pela companhia, embora não tenha negado a sua veracidade, limitando-se a indicar informativos de desempenho do terceiro trimestre consoante ao projeto de expansão logística, no qual consta a construção do berço norte do Píer IV.
O site especializado em logística afirma que, de acordo com um comunciado da Vale, o berço Norte do Píer IV contempla uma linha de embarque e um carregador de navios do tipo Duo Quadrant, com capacidade de 16 mil toneladas por hora.
O píer terá capacidade de carregar dois navios simultaneamente com até 400 mil toneladas de porte bruto (até 395 mil toneladas de capacidade de carga), os chamados Valemax.
Segundo a Vale, a construção do berço Norte do Píer IV é parte do projeto Capacitação Logística Norte (CLN S11D), responsável pela expansão da capacidade logística da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e do porto de Ponta da Madeira.
O projeto inclui também a duplicação de aproximadamente 570 km da EFC, a construção de um ramal ferroviário com 101 km, aquisição de vagões e locomotivas e expansões onshore e offshore (em terra e no mar) no Terminal Ponta da Madeira. Com o CLN S11D, a Vale aumentará a capacidade logística da EFC para 230 milhões de toneladas por ano.
O Programa S11D Logística, iniciado em 2010, cria as condições logísticas necessárias para transportar, armazenar e embarcar o minério de ferro produzido em Canaã dos Carajás.
É formado por cinco projetos: Ramal Ferroviário Sudeste do Pará, Expansão da Estrada de Ferro Carajás, terminais ferroviário e portuário de Ponta da Madeira (onshore e offshore).
Segundo a Vale, o prazo de execução da obra CLN S11D, iniciada em 2013, vai até 2018 e o investimento total é estimado em US$ 11,582 bilhões.
Berço sul – Em setembro do ano passado, o berço sul do Píer IV recebeu o primeiro navio da classe Valemax, o Vale Caofeidian, que carregou 391 mil toneladas de minério de ferro. O píer entrou em fase de testes operacionais em dezembro de 2012, com o carregamento de 800 toneladas de minério no Ore Belo Horizonte (com capacidade para até 200 mil toneladas).
Construído para receber os megacargueiros Valemax, o Píer IV é a aposta da mineradora Vale para aumentar a capacidade de exportação de minério de ferro extraído de Carajás para o mercado internacional. Até então, os embarques eram realizados somente no Píer I.
Com Píer IV do TPM, a mineradora conta, atualmente, com três grandes píeres no país - o Píer I, em Ponta da Madeira, e o Píer II, no Porto de Tubarão (ES) - capazes de receber os Valemaxes. Além de Ponta da Madeira e Tubarão, os navios atracam regularmente nos portos de Taranto (Itália), Roterdã (Holanda), Sohar (Omã), Oita e Kimitsu (Japão) e Mindanao (Filipinas), e nas duas estações de transferência de minério da Vale em Subic Bay, nas Filipinas.
Testes – Em fins de dezembro de 2012, atracou no berços sul do Píer IV de Ponta da Madeira o navio Ore Belo Horizonte, que realizou uma operação de carga de 800 toneladas de minério de ferro. Este foi o primeiro teste operacional, que durou cerca de 10 minutos, do novo atracadouro da Vale no Maranhão.
A operação com o Ore Belo Horizonte, além de marcar o início dos testes operacionais do píer, foi importante para a mineradora pois significou a superação do acidente ocorrido em fins de setembro de 2012: o naufrágio da plataforma Sep Orion. A plataforma era utilizada na cravação de estacas do píer e havia rumores de que o cronograma de atividades seria atrasado, o que não ocorreu.
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