Valor do saco subiu de R$ 19,00 para R$ 35,00 e aumento é considerado abusivo pelo Sinduscon e pela Ademi
O alto preço do cimento que vem sendo cobrado em São Luís devido
à escassez do produto no mercado e à alta procura está provocando prejuízos para
o setor da construção civil. O saco de cimento está sendo vendido por até R$
35,00 neste período, reajuste considerado abusivo pelo Sindicato das Indústrias
da Construção Civil (Sinduscon-MA) e Associação dos Dirigentes de Empresas
Imobiliárias do Maranhão (Ademi-MA), já que em outubro a média de preço do saco
do produto era R$ 19,00 no mercado local. A situação preocupa as duas
entidades.
De acordo com o presidente do Sinduscon-MA, Fábio Nahuz, não há
explicações plausíveis para o aumento do preço do cimento em tão pouco
tempo.
"Não há cimento no mercado local e os distribuidores que têm em
estoque estão cobrando um preço alto pelo produto, o que inviabiliza o andamento
de obras, provocando prejuízos para as empresas, que acabam tendo que atrasar o
cronograma de obras, e para a sociedade, que neste período, precisa do cimento
para pequenas obras em suas casas. O cimento é o insumo principal da construção
civil e as empresas precisam cumprir seus cronogramas de entrega de
empreendimentos. Os trabalhadores também são prejudicados com este problema,
pois ficam sem ter como executar os serviços", afirma Fábio Nahuz.
De acordo com o presidente da Ademi-MA, Cláudio Calzavara, as
construtoras contrataram serviços e fizeram seus orçamentos da obra com o valor
do cimento em R$ 19,00 em média, mas foram surpreendidas com esse reajuste acima
de 50% em um período de um mês.
"Esse valor atual cobrado pelo saco do cimento inviabiliza as
obras. É um percentual de reajuste muito alto. As fábricas precisam estar
preparadas para o aumento do consumo no fim do ano, até porque isto ocorre
sempre. Agora, reajustar preço sem explicações, provoca sérios prejuízos ao
mercado como um todo", ressalta. Segundo ele, apesar da grande demanda, em
outras cidades o preço do cimento foi mantido pelas fábricas.
Diferença - Em Sobral, no Ceará, por exemplo, o saco do cimento
custa atualmente
R$ 19,00 em média. Calzavara diz que há dois anos não ocorria
essa crise do cimento em São Luís. "A demanda pelo produto aumenta no fim do ano
e isso é normal, o que não se pode é cobrar preços altos e deixar o mercado
desabastecido", destaca.
Para tentar minimizar os prejuízos das empresas do Maranhão e
garantir o andamento das obras, o Sinduscon e a Ademi estão negociando com
fábricas de cimento de outras cidades a compra de grande quantidade do
insumo.
"Tivemos de buscar uma alternativa para garantir cimento para as
construtoras associadas, que precisam cumprir seus cronogramas de obras",
conclui Fábio Nahuz.
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