Desde já fique bem claro: o titular deste blog não concorda com a forma como o Governo Federal implantou o programa “Mais Médicos”.
Dito isto, vamos aos fatos.
Trata-se de uma injustiça com a médica cubana Norma Rodriguez, atualmente atendendo em Barra do Corda, no interior do Maranhão, a notícia de que ela teria receitado remédio de cavalo para um paciente com osteoartrose.
O não-fato já se espalhou pelas redes sociais como verdade há alguns dias e não é este humilde post que terá o poder de derrubar o mito já criado. Mas a verdade precisa ser dita.
A apresentação para cavalos é líquida, e injetada com seringa. O remédio em comprimidos é usado em humanos (veja ao lado), como relaxante muscular ou após traumas músculo-esqueléticos.
Na receita, é possível ver, ainda, que ela receitou também Dipirona 500 mg – 1 comprimido de oito em oito horas – e Complexo B. Nada mais normal.
O que ocorre no fato é um problema que já se imaginava comum. No Brasil, não se usa normalmente o Metacarbomol como relaxante muscular. Em Cuba, pelo visto, sim.
O caso em questão, portanto, é de ordem cultural, e não de erro médico.
Em tempo: no Brasil, usa-se muito a quetamina como anestésico em cirurgias de humanos. Mas o remédio também é usado como anestésico em cachorros. E nunca se viu notícia de algum médico sendo criticado por usar “remédio de cachorro” em humanos.
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