quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Justiça Federal vistoria orla da Ilha para verificar condições de balneabilidade

Atividade foi uma determinação da 8ª Vara da Justiça Federal e o laudo com o resultado da ação deve ser divulgado nos próximos dias.

Oficiais da Justiça Federal estiveram ontem na orla da Região Metropolitana de São Luís para constatar se a despoluição das praias está sendo feita e se os trechos impróprios para o banho estão devidamente sinalizados. A atividade foi uma determinação da 8ª Vara da Justiça Federal e o laudo com o resultado da ação deve ser divulgado nos próximos dias.
Os oficiais percorreram diversos pontos das praias da Ponta d'Areia, Calhau, Olho d'Água e Araçagi. A atividade foi acompanhada por homens da Polícia Federal (PF), que garantiram a segurança da equipe que estava fazendo a inspeção. De acordo com o oficial de Justiça Federal Júlio Falcão, o laudo com o resultado dos trabalhos será encaminhado ao juiz Ricardo Felipe Rodrigues Macieira, titular da 8ª Vara da Justiça Federal, que determinará quais as penalidades a serem cumpridas pelo Estado, caso sejam encontradas irregularidades.

Monitoramento - A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que o órgão está fazendo o levantamento dos locais nos quais não constam placas de sinalização, para posteriormente colocá-las nos pontos considerados impróprios para o banho.
O órgão estadual constantemente emite laudos com as condições de balneabilidade das
praias da região metropolitana. Além disso, foram iniciados os serviços para a despoluição das praias com a assinatura, no mês passado, da ordem de serviço para a ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário da capital. As obras serão realizadas nas sub-bacia do Rio Canaã (Rio Calhau) e fazem parte de um convênio entre o Governo do Estado e o Ministério do Turismo (MTur). As atividades estão orçadas em aproximadamente R$ 10 milhões.
Será construída uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) com capacidade para captar 120 litros por segundo. Para isso, serão implantados 2.190 metros de linha de recalque de 400 milímetros; 10 mil metros de rede coletora de esgotos de 150 e 200 milímetros; construção de 2.400 metros de interceptores de 200 a 400 milímetros, responsáveis pela condução dos dejetos para tratamento na Estação de Tratamento do Jaracati.
Despoluição - Em setembro do ano passado, o MTur liberou R$ 30 milhões para a despoluição das praias de São Luís. Desses recursos, R$ 10 milhões foram liberados ainda no ano passado na Caixa.
Os outros R$ 20 milhões serão usados na despoluição dos rios Pimenta e Claro, que também desembocam nas praias do Calhau e Olho d'Água, em outra etapa de serviços. Para receber os recursos, o Governo do Maranhão precisou elaborar um plano de saneamento que contemplasse toda a capital.

Melhorias - Entre os benefícios que a nova ETE trará, estão a redução de doenças de origem hídrica, diminuindo a mortalidade infantil, a elevação dos níveis de qualidade de vida e de salubridade da maior parte da população, a melhoria das condições de urbanização pela implantação de serviços urbanos adicionais, como de pavimentação e drenagem, além da despoluição ambiental e a melhoria das condições de balneabilidade das praias.
A despoluição das praias de São Luís beneficiará a população do estado, pois, de acordo com uma pesquisa do MTur, 70% dos turistas que chegam à capital maranhense são do interior e vêm à procura de lazer nas praias.

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