quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Bioenergy, que tem investimentos de R$ 6 bi no Maranhão, vendeu 201,6 MW de potência instalada, referente a 7 usinas que serão implantadas no estado

 
Empresa que vende energia eólica obtém destaque em leilão do Governo Federal
 
A Bioenergy foi um dos grandes destaques do Leilão de Energia Nova A-5, realizado há uma semana pelo Governo Federal. A empresa, que tem investimentos de
R$ 6 bilhões no Maranhão, conseguiu vender 201,6 MW de potência instalada, correspondente a sete usinas a partir de fonte eólica que serão instaladas no estado, nas regiões de Paulino Neves e Tutoia. A Bioenergy havia habilitado 22 usinas no certame, com capacidade total de 634 MW.
Do total de R$ 6 bilhões, a Bioenergy está investindo inicialmente, numa primeira fase, R$ 2,4 bilhões para a produção de 800 MW de energia limpa a partir de 2014. O empreendimento está em fase de licenciamento e regularização fundiária para a instalação de 40 projetos eólicos.
Além do Bioenergy, também conseguiram vender energia no leilão a EGP Serra Azul e Renova (Bahia) e Enerfin (Rio Grande do Sul). As quatro empresas, juntas, fecharam contratos de 281,9 MW, com o objetivo de suprir a demanda projetada das empresas distribuidoras para o ano de 2017. O período de vigência dos contratos é de 20 anos.

Energia elétrica - De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o destaque do leilão foi o desempenho dos parques eólicos. As tarifas variaram de R$ 87,50 por MWh a R$ 88,68 por MWh - uma média de R$ 87,94 por MWh, contra os R$ 99,54 por MWh obtidos no leilão de reserva de 2011.
Além dos 10 parques eólicos, foram comercializados contratos de venda de energia elétrica das Usinas Hidrelétricas de Cachoeira Caldeirão (será construída) e de Santo Antônio do Jarí (será expandida), localizadas no estado do Amapá, somando capacidade instalada de 574,3 megawatts (MW). O preço médio final alcançou R$ 91,25/MWh - um deságio médio de 18,53% em relação ao preço inicial.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, considerou o resultado final do certame um sucesso. Entre os fatores positivos, segundo ele, está o fato de 100% dos projetos contratados serem de origem renovável, o que contribui para a manutenção do alto percentual de fontes limpas na matriz energéticabrasileira. Os preços competitivos da fonte eólica - até mesmo a níveis internacionais - foram apontados como mais um destaque da licitação.
"Para aqueles que estavam temerosos com um possível efeito negativo da MP 579, sobre o setor elétrico brasileiro, esse Leilão A-5 foi uma demonstração cabal de que ointeresse dos investidores é imenso. Tivemos a participação de empresas estatais quedevolveram suas concessões, de estatais que não devolveram e de empresas privadas, que acabaram saindo vencedoras", ressaltou o presidente da EPE. Ele destacou ainda que mesmo se a demanda apresentada pelas empresas de distribuição fosse maior, ela seria integralmente atendida.

Nenhum comentário: