Discutida parceria do governo e universidades federal e
estadual para capacitação e qualificação de recursos humanos para o Centro de
Lançamento
Um projeto para promover o conhecimento na área aeroespacial e
integrar maranhenses nessa ciência. Assim pode ser definida a intenção de formar
uma turma para o curso de especialização em engenharia espacial no estado. Uma
reunião, ontem, discutiu os avanços para a implantação desse curso,
originalmente planejado pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), em
parceria com o Governo do Estado e as universidades federal e estadual e o
Instituto Federal do Maranhão (IFMA).
A reunião aconteceu com a presença do comandante do Centro de
Lançamento de Alcântara, tenente coronel César Demétrio Santos; da secretária de
Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectec), Rosane Guerra; do
reitor da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), José Augusto Oliveira; do
presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Tecnológico do
Maranhão (Fapema), Antônio Luiz Amaral Pereira, entre outros parceiros do
projeto. Em pauta no encontro, acertos que visam garantir a implantação do curso
para disseminar o conhecimento na área espacial, que ainda é tímido no
estado.
Quando for implantado, o curso terá como meta promover a
capacitação e a qualificação de recursos humanos para o CLA. Mas projeta ir
além: quer difundir tecnologias sobre atividades aeroespaciais, diretamente
relacionadas à metodologia do lançamento de foguetes.
"Um dos nossos intuitos é pegar o próprio efetivo que já
trabalha no CLA e dar um conhecimento maior. De modo que esse profissional possa
desenvolver uma pesquisa e deixar toda essa área aeroespacial mais atualizada e
também resolver pendências em outros setores, como no desenvolvimento de
satélites e atualizar sistemas no lançamento de foguetes", explicou o comandante
Demétrio Santos.
Centro - Na visão do comandante do CLA, é necessária uma
aproximação maior do Centro de Lançamento com a comunidade. "O maranhense
precisa conhecer um pouco mais o que é o CLA e o que é feito nele. Precisa
visitar e adquirir conhecimento para que em possíveis concursos que surjam todos
estejam capacitados para desempenhar um bom trabalho", afirmou.
O curso deverá ser mantido pela Agência Espacial Brasileira
(AEB). Para que isso aconteça, será encaminhado um ofício
explicando a metodologia e o potencial de mercado existente no Maranhão para que
o projeto possa ser apresentado e aprovado. Caberá à AEB a escolha da
universidade que vai coordenar a execução do projeto no estado.
Neste momento, o IFMA, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
e a Uema participam das reuniões e da elaboração das diretrizes do curso. O
reitor da Uema, José Augusto Oliveira, colocou a instituição à disposição para
aprofundar o debate, já que atualmente existe um programa de pós-graduação com
conhecimentos afins à área aeroespacial.
"Já temos em andamento um programa em nível de mestrado em
Engenharia da Computação. Com um curso de especialização dessa ordem, nós
podemos avançar no programa de mestrado, incluindo disciplinas que atendam a
esse interesse do estado do Maranhão em formar profissionais nessa área do
conhecimento que está sendo proposto", afirmou.
Parceria - O presidente da Fapema, Antônio Luiz Amaral Pereira,
destacou a importância do órgão nesta parceria com as universidades e o CLA, já
que a fundação poderá viabilizar convênios que facilitarão o repasse de
recursos. "A Fapema entra para agilizar esse financiamento por meio de convênios
e assim conseguirmos interagir com as outras instituições", disse.
Apesar de ainda não estar finalizado, o projeto já tem algumas
diretrizes definidas, como o período do curso - previsto para ter duração de 20
meses - e as disciplinas a serem transmitidas. Na lista, estão incluídas
matemática, física, ferramentas computacionais e introdução à engenharia.Todas
voltadas para o setor de foguetes. As aulas seriam ministradas por professores
do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e também da UFMA, Uema e do IFMA.
Os módulos preveem um total de 11 disciplinas, com 80% da carga horária cumprida
em sala de aula.
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