segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Maria Firmina dos Reis, maranhense, considerada a primeira romancista brasileira, será homenageada

Evento homenageia escritora Maria Firmina dos Reis

Música e poesia celebrarão os 191 anos de nascimento de Maria Firmina dos Reis, considerada a primeira romancista brasileira

Por: Patricia Cunha
Reprodução
Foto: Escritora Maria Firmina dos Reis
Um evento com música e poesia vai celebrar os 191 anos de nascimento de Maria Firmina dos Reis, escritora, considerada a primeira romancista brasileira. Nascida em São Luís (MA) a 11 de outubro de 1825, Maria Firmina faleceu em 1917, aos 92 anos, na cidade de Guimarães. Teve em vida o privilégio de presenciar a Abolição da Escravatura e a Proclamação da República.
O Sarau Maria Firmina dos Reis será amanhã (11), às 19h, na Casa de Cultura Huguenote Daniel de La Touche (Praia Grande), realizado pela Academia Ludovicense de Letras, da qual é patrona. Na ocasião, haverá recitais de poesias feitas apenas por mulheres e música. Segundo Dilercy Adler, diretora da ALL, “essa data não poderia deixar de ser homenageada por tudo que Maria Firmina representou para a literatura, pelas lutas sociais”.
Em 1847, aos 22 anos, ela foi aprovada em um concurso público para a Cadeira de Instrução Primária, sendo assim a primeira professora concursada de seu Estado. Maria demonstrou sua afinidade com a escrita ao publicar Úrsula em 1859, primeiro romance abolicionista, primeiro escrito por uma mulher negra brasileira.
O romance a consagrou como escritora e também foi o primeiro romance da literatura afro-brasileira, entendida esta como produção de autoria afrodescendente.
Em 1887, no auge da campanha abolicionista, a escritora publica o livro A Escrava, reforçando sua postura antiescravista. Ao aposentar-se, em 1880, fundou uma escola mista e gratuita. Maria morre aos 92 anos, na cidade de Guimarães, no dia 11 de novembro de 1917.
Em 1975, Maria recebe uma homenagem de José Nascimento Morais Filho, que publica a primeira biografia da escritora, Maria Firmina: fragmentos de uma vida.
Recentemente dois pesquisadores maranhenses foram premiados no Rio de Janeiro pela União Brasileira de Escritores RJ (UEB-RJ) cuja premiação contempla as obras mais relevantes para a literatura brasileira, lançadas em 2014/2015. E na Categoria Biografia, Prêmio Zora Seljan foram contemplados Leopoldo Gil Dulcio Vaz e Dilercy Aragão Adler, ambos da ALL e do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.
A obra contemplada foi Sobre Maria Firmina dos Reis, organizada por Leopoldo Gil Dulcio Vaz & Dilercy Aragão Adler, lançada em 2015, por ocasião do 2º aniversário da Academia Ludovicense de Letras. Além deste, outro volume foi lançado na mesma ocasião, intitulado 190 Poemas para Maria Firmina dos Reis, organizado também pleos dois pesquisadores.
Escritora Maria Firmina dos Reis
Sobre Maria Firmina dos Reis é uma Coletânea, de caráter acadêmico, que reúne estudos sobre a vida e a obra dessa ludovicense/vimaranense. Além dos autores, com seus artigos, participam outros 14 colaboradores: Angela Maria Gomes pereira (Um drama, uma vida, uma história); Carlos Alberto Lima Coelho (Maria Firmina dos Reis, negra, 1ª poeta maranhense e 1ª romancista brasileira); Dinacy Mendonça Correa e Conceição Feitora (MFR: a matriarca do romance maranhense); Fernando Braga (A primeira romancista brasileira); José Neres (MFR: pioneira em prosa e verso); José Ribamar Sousa Reis (Falta respeito aos restos mortais de MFR); Julia Carvalho Brito, Lais Cristina Vieira Bulgarelli e Suzana Palermo de Sousa (MRF: uma maranhense...); Luiza Lobo (Luz e sombra na obra de MFR); Nonato Brito (Relembrando 1975...); Osvaldo Gomes (Homenagem a MFR); e Vanda Lucia da Costa Salles (O primado da imaginação: um estudo arteterapeutico em MFR).
A premiação será no dia 19 de outubro, na Sociedade Nacional de Agricultura (Rio de Janeiro).
Maria Firmina dos Reis é a patrona da Academia Ludovicense de Letras, e da cadeira fundada pela poetisa Dilercy Aragão Adler, na ALL – onde é presidente.
Serviço
O quê? Sarau Maria Firmina dos Reis
Quando? Dia 11, às 19h
Onde? Casa de Cultura Huguenote Daniel de La Touche (Rua Djalma Dutra , 128, Praia Grande)
Quanto? Aberto ao público

3 comentários:

Júlio Montello disse...

Boa noite equipe do No Maranhão é assim, como assíduo leitor do blog, gostaria só de fazer uma ressalva acerca dessa reportagem. Anos atrás organizei uma exposição homenageando 13 ilustres mulheres maranhenses, dentre elas Maria Firmina dos Reis. Essa imagem publicada não corresponde a ela, pois a mesma era negra, essa caracterização foi feita no Rio Grande do sul.

Unknown disse...

Senhor Júlio Montello

Boa tarde. Entendemos o seu posicionamento e a dignidade da sua indignação porém, a matéria não é nossa, foi uma reprodução do Jornal O Imparcial e por ser uma reprodução precisamos manter a íntegra do que foi publicado na fonte. Entre em contato com a jornalista Patrícia Cunha no Jornal O Imparcial que assim que a mesma fizer as retificações nós retificaremos no blog também. Contamos com a sua compreensão
Um abraço
José Reis

Anônimo disse...

olá. Boa tarde, sou Iasmim Paiva, moro na Bahia e estarei viajando para São Luís nesta semana, a trabalho e lazer, estou realizando uma pesquisa de gênero feminista e gostaria de saber se há a possibilidade de conseguir uma entrevista com alguém que pode falar com mais propriedade sobre as obras de Maria Firmina.
Desde já, agradeço.