quinta-feira, 10 de maio de 2012

Tribunal de Justiça recupera casarões históricos de São Luís


 
Imóveis serão adaptados para a instalação de unidades administrativas do Tribunal de Justiça, que vão ampliar e melhorar a estrutura de atendimento

Casarões do século XIX de São Luís, concebidos nos moldes da arquitetura luso-brasileira, estão entre os monumentos que serão recuperados este ano pelo Poder Judiciário do Maranhão e adaptados para a instalação de unidades administrativas do Tribunal de Justiça.
O projeto de revitalização, executado pela Diretoria de Engenharia do TJMA, inclui quatro prédios de propriedade do Tribunal, a antiga sala das sessões plenárias e o relógio público do anexo do Palácio da Justiça, na Praça Pedro II. Os imóveis estão localizados na área de abrangência do Centro Histórico e urbano da capital e são protegidos por decretos de tombamento federal ou estadual.
O objetivo do projeto, segundo o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Antonio Guerreiro Júnior, é ampliar e melhorar a estrutura de atendimento do Poder Judiciário, e obter avanços qualitativos na prestação jurisdicional.
Ao autorizar as obras, o presidente exigiu o resgate criterioso da arquitetura original dos prédios. “Será uma homenagem do Judiciário a São Luís de quatro séculos de esplendor histórico”, adianta.
Solar - Um dos imóveis com obras confirmadas é o Solar Cesário Veras, situado na Rua do Egito, nº 106, esquina com Beco do Couto (Rua Zaque Pedro), sobrado colonial que data do primeiro quartel do século XIX e leva o nome do último proprietário.
Na década de 70, o prédio foi ocupado pelo Escritório Técnico de Assistência aos Municípios (Etam) e, mais tarde, pela Assembleia Legislativa. Hoje, sedia um dos centros administrativos do Tribunal. Outro casarão colonial da Rua do Egito, nº 144-B, também é típico da arquitetura do período colonial, e será adaptado aos serviços administrativos da Justiça estadual.
Esses dois prédios são integrados ao centro administrativo do TJMA, que foi adquirido e reformado durante a gestão do presidente Jamil Gedeon. Originalmente era um sobrado colonial, mas perdeu a configuração original por diversas alterações ao longo do tempo. Atualmente apresenta características modernas em sua fachada.
O terceiro prédio a ser recuperado fica na Rua da Estrela, nº 52, anexo ao Tribunal. Este corre o risco de desabamento total com a incidência das chuvas e será o primeiro a receber intervenções.
O último casarão – esquina da Rua dos Afogados com Rua Rio Branco, nº 404 -, em área tombada pelo Patrimônio Histórico Estadual, está em uso para estacionamento clandestino e será desocupado nos próximos dias para dar lugar aos serviços de reforma.
A destinação das novas instalações está sendo avaliada pela administração do Tribunal, mas deverá contemplar espaço para atividades administrativas. “Outros setores serão acomodados nos novos prédios até a construção da nova sede do Tribunal”, informa diretor de Engenharia do Tribunal, Rui Barbosa Lima Sobrinho

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