Empresários da construção civil maranhense estão na expectativa de que nos próximos seis meses haja aumento acentuado de novos empreendimentos e serviços. O índice específico de novos empreendimentos registrou em agosto 79,5 pontos, um recorde, influenciado pela boa expectativa das médias e grandes empresas, cujo índice foi de 82,1 pontos.
Os dados foram divulgados pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema) por meio do Núcleo de Estudos e Pesquisas do Instituto Euvaldo Lodi. A expectativa de crescimento dos seus negócios também atinge as pequenas empresas embora tendo registrado um índice menor, de 67,3 pontos.
“O otimismo do maranhense é maior do que o do brasileiro, inclusive. E estas boas perspectivas quanto a novos empreendimentos projeta um aumento do nível de atividade nos próximos meses e nas compras de matérias-primas também”, destaca o presidente da Federação das Indústrias, Edílson Baldez.
Boas expectativas - Em julho deste ano, o nível de atividade registrou 56,4 pontos, maior que o Brasil (54,9 pontos). As expectativas em agosto também para os próximos meses também são mais animadoras que as brasileiras em relação a novos empreendimentos e serviços e compra de insumos e matérias-primas.
Em relação aos novos empreendimentos, a expectativa do maranhense gira em torno de 79,5 pontos e o brasileiro em 64,4 pontos. E em relação a compra de insumos e matérias-primas fica em 71,3 e 63,1 respectivamente, a maranhense e a brasileira.
Os empresários do setor de construção civil mantêm expectativa elevada para os próximos seis meses. Em agosto, o indicador ficou em 63,7 pontos, bem acima dos 50 pontos que sinalizam crescimento, de acordo com sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em relação a julho, porém, houve recuo no índice geral de expectativa por nível de atividade, já que aquele mês registrou 65,2 pontos.
A compra de insumos e matérias-primas para a construção de edifícios é o segmento que mais anima os empresários, com 64,1 pontos, ante 63,4 pontos no indicador de julho.
A expectativa de novos empreendimentos e serviços para o próximo semestre caiu de 66 pontos para 64,4 pontos em agosto.
A sondagem da CNI sobre a indústria de construção civil foi realizada de 2 a 18 de agosto, com 438 empresas, sendo 210 pequenas, 174 médias e 54 de grande porte.
Mais
A construção civil opera em ritmo acelerado este ano, como consta da Sondagem da Construção Civil, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Mas a maioria das construtoras está preferindo atender à faixa de trabalhadores com renda de 3 a 10 salários mínimos, à qual são destinados imóveis com preços de R$ 100 mil ou pouco mais, pois também aí há boa demanda, em especial, por pessoas que passaram das faixas de renda mais baixas para a classe C. As construtoras evitam atuar nas faixas de renda mais baixas, pois também são baixas as margens de lucro, mas o risco é elevado.
No passado, a tentativa de construir imóveis para os estratos de baixa renda foi insatisfatória, salvo exceções.
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