Atracado no Porto do Itaqui desde sábado, o veleiro Cisne Branco, navio da Marinha do Brasil em eventos náuticos e um dos maiores do mundo, será aberto à visitação pública hoje, das 15h às 20h. Na noite de ontem, aconteceu uma solenidade para autoridades políticas e ligados a Marinha. O veleiro ficará em São Luís até amanhã, quando seguirá para o Rio de Janeiro.
Comandado por Renato Batista de Melo, o navio Cisne Branco é uma das grandes referências da Marinha do Brasil em eventos internacionais. A visita ao Porto Itaqui é a primeira a um porto brasileiro após o veleiro participar do evento Velas Sudamérica, que fez parte das comemorações dos 200 anos da criação das Primeiras Juntas Nacionais de Governo, relativas aos povos hispânicos da América Latina.
A regata começou há seis meses no Rio de Janeiro e passou pelo Pacífico até o canal do Panamá, Caribe e, por fim, Veracruz, no golfo do México. Esse foi um dos maiores eventos de que o veleiro já participou e, durante a competição, foi vencedor de algumas etapas como a travessia do rio Mar del Plata. No ano passado, um dos troféus foi na travessia do Atlântico, do Canadá até a Irlanda do Norte. "Durante uma regata internacional, a gente participa de várias competições. Ficamos seis meses no mar, e durante esse tempo levamos o nome do país a diversas atividades náuticas", explicou o imediato do navio, comandante Marcelo Pereira da Costa.
O navio - Construído em 1999, o veleiro Cisne Branco tem 76 metros de comprimento, 32 velas instaladas em três mastros, sendo o maior deles na altura de 46 metros, equivalente a um prédio de 15 andares. A construção do navio ocorreu em tempo recorde, um ano e três meses, e teve, como principal propósito, permitir ao Brasil participar com um navio de propulsão à vela, da histórica travessia comemorativa dos 500 anos de seu descobrimento.
Sua estrutura lembra os navios à vela da época das caravelas de Pedro Álvares Cabral. A intenção inicial era a de homenagear os 500 anos de Descobrimento do Brasil. Depois, foi incorporada a função de representar a Marinha em eventos internacionais, como também popularizar e despertar interesse sobre as atividades náuticas na sociedade, principalmente, nas novas gerações. "A função exclusiva do Cisne Branco é de representação da imagem do país, levar a nossa bandeira e também despertar a consciência náutica da sociedade. Por isso temos esse contato. A visitação pública serve para mostrar a rotina dos marinheiros", avaliou Marcelo Pereira da Costa.
Dependências: o navio tem uma tripulação de 60 homens. Cada um deles tem camarotes individuais climatizados, além de banheiros individuais. O Cisne Branco tem capacidade para transportar 85 pessoas e consegue atingir uma velocidade de navegação em 30km/h à vela.
O veleiro tem refeitório oficial, que também é utilizado como salão de eventos, sala de máquinas e cozinhas. Nas dependências internas, além do luxo dos grandes navios, algumas curiosidades do mundo náutico, a exemplo da bênção de Nossa Senhora da Boa Esperança, um presente do governo de Portugal para o Brasil. Segundo a lenda, a imagem foi talhada por descendentes dos antigos talhadores que entregaram uma imagem igual a Pedro Álvares Cabral.
Esteticamente, a arquitetura do veleiro lembra aos antigos navios à vela e sua construção é nos moldes dos navios do século XIX, no entanto, seu modo operacional tem uma tecnologia moderna, com monitoramento informatizado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário