terça-feira, 20 de julho de 2010

UPA do Itaqui-Bacanga já fez 5,3 mil atendimentos


A Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da área Itaqui-Bacanga realizou 5.342 atendimentos à população em menos de um mês de funcionamento. Uma média aproximada de 270 atendimentos diários. A UPA foi inaugurada no dia 22 de junho, e os números divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) tomam como base os atendimentos feitos até a manhã de ontem.

Conforme os dados da Secretaria Estadual de Saúde, desde sua inauguração, na UPA já foram realizados atendimentos em 108 tipos diferentes de patologias. Mas, conforme o secretário Estadual de Saúde, José Márcio Leite, apenas 15% desses procedimentos de fato seriam alvo de atendimento da UPA do Itaqui-Bacanga. Na teoria, segundo José Márcio Leite, a unidade seria responsável apenas por atendimentos de estabilização de pacientes graves como em casos de infarto no miocárdio ou aneurisma cerebral.

Na prática, porém, a UPA realizado atendimento de pessoas acometidas de doenças que poderiam ser tratadas em unidades básicas de saúde, como dengue e insuficiência respiratória. "Ela [a UPA] é uma atenção médica pré-hospitalar. É dotada de estrutura para as urgências e emergências clínicas e pediátricas para você estabilizar pacientes graves até que, no prazo de 24 horas, você consiga fazer a sua referência para a área hospitalar", definiu o secretário.

Ainda de acordo com a SES, outro dado que reforça a amplitude dos serviços é o índice de cura de pacientes que já passaram pela UPA. Dos 5.342 atendimentos, em 97,5% os pacientes não foram encaminhados para outras unidades de saúde. "Isso mostra que boa parte desses atendimentos poderia ser feita nas unidades básicas, não necessariamente na UPA", disse o secretário.

No que diz respeito ao recebimento, ou não, de pacientes vindos de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o secretário de Saúde esclareceu que a UPA não tem a função de receber esses pacientes, visto que a própria ambulância já tem equipamentos para estabilizá-los.
Pelo protocolo clínico de atendimentos em saúde, os pacientes que são atendimentos pelas ambulâncias do Samu precisam ser encaminhadas para unidades de referência nas regiões onde são realizados aqueles atendimentos. "O serviço de estabilização que a UPA faz o Samu também realiza. O paciente precisa ser encaminhado para o hospital certo para recebê-lo", reforçou José Márcio Leite. "Na área de ortopedia, domingo, nós recebemos um paciente de Pinheiro. O certo é que ele deveria ser atendido em Pinheiro e não em São Luís", complementou.

O Governo do Estado tem adotado várias iniciativas para que esse protocolo de atendimento funcione de fato, como a construção de 62 unidades de 20 leitos no interior do estado e a implementação de oito hospitais de 50 leitos, conforme José Márcio Leite. Também foi criado, pela Comissão Intergestora Bipartite (CIB), entidade ligada ao Conselho Estadual de Saúde, um fundo emergencial para atendimentos em neonatologia, entre outras iniciativas.

A UPA do Itaqui-Bacanga foi construída por meio de um convênio entre o Governo do Estado e o Ministério da Saúde. Conforme essa parceria, este seria responsável pelo custeio de R$ 2 milhões e aquele entrou com uma contrapartida de R$ 2 milhões. Ainda por essa parceria, o ministério custearia R$ 166 mil mensais para ajudar na operacionalização da unidade. O custeio operacional da UPA do Itaqui-Bacanga está orçado em aproximadamente R$ 1 milhão.

Até agora, a unidade não está credenciada pelo Ministério da Saúde e isso prejudica apenas no suporte financeiro prometido pelo Governo Federal e não nos atendimentos da UPA. Ainda segundo a Secretaria Estadual de Saúde, trabalha na unidade um total de 168 funcionários, entre ortopedistas, clínicos gerais, pediatras e intensivistas, enfermeiros, entre outros.

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