sexta-feira, 9 de julho de 2010

Obras de dragagem movimentam o sistema portuário de São Luís


Os serviços de dragagem no Complexo Portuário de São Luís (CPSL) vão ser ampliados. Nesta semana, chegou à Baía de São Marcos a draga de sucção autotransportável (Trailing Suction Hopper Dredger - TSHD) Reynaert, de bandeira belga, com 97,5 metros de comprimento e 8.362 toneladas de porte bruto. Trata-se do equipamento de maior dimensão atualmente na Baía de São Marcos. A draga está programada para atracar hoje, para abastecimento no Berço 101 do Porto do Itaqui, e vai atuar na bacia de manobras do CPSL, principalmente na área do Terminal Portuário Ponta da Madeira (TPPM), com destaque para a região onde será construído o Píer IV, da mineradora Vale. O trabalho está programado para durar 75 dias.
As informações são do sítio eletrônico Portos MA, com base em dados fornecidos pelas autoridades portuárias do Itaqui, neste caso, a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) e a Capitania dos Portos do Maranhão (CPMA). A Vale não divulgou nenhuma informação a respeito do assunto.

Trazida a São Luís pela agência marítima Wilson Sons, a TSHD Reynaert possui um braço de sucção que vai de 22 m a 33 m de profundidade, capaz de coletar 5.580 m³ de sedimentos por hora. A draga comporta 8.106 toneladas em sua cisterna. O maquinário funciona com a embarcação em movimento, retirando os resíduos do leito do canal e depositando-os no tanque do navio para posterior despejo em área pré-determinada. O modo de operação é similar ao da draga Volzee, pertencente à empresa Enterpa, que iniciou a dragagem no Porto do Itaqui em setembro do ano passado, no serviço de aprofundamento do canal de navegação das bacias de atracação dos píeres 101, 102 e 103. No caso da Volzee, a capacidade de sucção é de 1.000 m³ por hora, ou seja, cerca de cinco vezes inferior à da TSHD Reynaert.

Cabe ressaltar que, nesta semana, esteve na região do TPPM a Draga Leblon, da empresa Bandeirantes, com sede no Rio de Janeiro (RJ), realizando serviço de manutenção. Segundo informes do setor portuário, trata-se de uma draga de sucção autotransportável (hopper), com 60 metros de comprimento e capacidade de coleta de 800 m³ de material por hora.

Itaqui – A dragagem no Porto do Itaqui, iniciada pela draga Volzee no ano passado, está sendo realizada atualmente pela draga No Woman No Cry, do tipo dipper. Este equipamento se difere da hopper porque não opera por braço de sucção, mas sim por retro-escavadeira. Outra diferença é que a draga dipper não trabalha com a embarcação em movimento. Ela fica estacionada com auxílio de estacas hidráulicas, que fixam a plataforma no fundo do canal marítimo. Além disso, é necessária uma embarcação de apoio (rebocador) para deslocar a plataforma pela área a ser dragada.

A draga No Woman No Cry pertence ao consórcio Camargo Correia/Serveng, tem caçamba de escavação de 18 m³, potência instalada para escavação de 2.735 HP, penetração de até 120 toneladas, casco medindo 65m de comprimento, 19m de largura e 4m de altura, segundo informes da Emap. Por todas estas características, é considerado um equipamento de grande porte, sendo um dos maiores do mundo na sua categoria.

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