quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Porto do Itaqui recebe cargas em contêineres


Atracou ontem no Porto do Itaqui para cumprir operação de descarga de contêineres com estocagem de cerveja no sistema de cabotagem o cargueiro Log In Rio, da empresa Log In Rio Transporte Logística. O navio foi o primeiro a desenvolver atividades na linha de testes quinzenais do terminal portuário, em etapa específica que deve se estender até o mês de fevereiro de 2010. O objetivo, segundo a direção da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), é implantar uma linha fixa de operação de contêineres no estado. O incremento possibilitará à indústria maranhense, assim como a de outros estados como Piauí, Pará e Tocantins, realizar movimentação de riquezas para as regiões Sul/Sudeste via Porto do Itaqui.

Essa foi a primeira movimentação no terminal portuário referente ao sistema de cabotagem, que, segundo a Emap, diz respeito à navegação realizada entre portos do mesmo país pelo litoral ou por vias fluviais, se contrapondo à navegação de longo curso, que é aquela realizada entre portos de diferentes nações.

O navio, carregado com um total de 170 contêineres, com capacidade de estocagem de 20 toneladas cada, passou pelos portos brasileiros de Santos, Salvador e Suape. Antes, havia embarcado no Porto de São Francisco do Sul, no estado de Santa Catarina.

De acordo com o gerente de planejamento da Emap, Gustavo Lago, as únicas movimentações de contêineres já executadas no Itaqui foram a longo curso, também em etapas experimentais. Ele enfatizou que, com os testes de cabotagem, o empresariado maranhense vai desfrutar de vantagens da nova forma de transporte de cargas. Com o incremento, afirmou Lago, o Itaqui passa a ter potencialidade para movimentar com suporte de contêineres, produtos como alumínio, castanha de caju, gesso, arroz, trigo, açúcar, entre outras riquezas. "Esse é um meio de transporte seguro, menos poluente que as demais alternativas, compacto e com uma logística consistente". Ele finalizou afirmando que a operação de contêineres é uma tendência portuária mundial devido a sua praticidade e à possibilidade de fracionamento de carga.

Mais

Em 2008, o Porto do Itaqui recebeu navios com carregamentos de até 400 contêineres em navegação de longo curso. Este ano, o Itaqui realizou a primeira exportação de castanha e caju, pela armadora francesa CMA-CGM. A carga veio do Piauí, saiu estocada em contêineres pelo navio Homere, que havia embarcado no Caribe, com passagem pelos estados do Pará e Maranhão, de onde seguiu para Fortaleza. Outros 100 contêineres foram movimentados com projetos para Vale e Alumar.

Transporte de produtos deve chegar a 13 milhões t


Em 2009, renda gerada pelo transporte de produtos deve chegar aos R$ 65 milhões.

SÃO LUÍS - Discutir logística com as maiores empresas nacionais e internacionais de exportação e importação e criar negócios com foco nos investimentos em instalação no Maranhão: esses serão os objetivos da participação do Porto do Itaqui no IV Seminário SEP de Logística do Norte e Nordeste, promovido pelo governo federal e que começa hoje (4), em Fortaleza, no Estado do Ceará.

O Porto do Itaqui é um dos maiores de todo o mundo. A profundidade chega a 19 metros, isso sem precisar fazer dragagem. Por aqui circula boa parte dos produtos que chegam e são produzidos no Maranhão.

Até o fim do ano, estima-se que serão cerca de 13 milhões de toneladas transportadas, o que movimentaria junto com os serviços de armazenagem e de arrendamento de áreas do porto, mais de R$ 65 milhões. Números que podem crescer ainda mais. É que a demanda pelo transporte de cargas para o Nordeste do Brasil, e o aumento da produção nos Estados do Maranhão, Piauí, Pará e Tocantins levaram o Itaqui a realizar também o transporte regular de containers dentro do próprio pais, a cabotagem. Até fevereiro de 2010 vão chegar ao porto 600 novos containers. Aumentando o volume de produtos que passam pelo complexo portuário da capital maranhense.

Os principais produtos que circulam pelo Itaqui e pelos terminais Ponta da Madeira e Alumar são derivados do petróleo, fertilizantes, minério de manganês, alumínio, ferro gusa e soja.
O complexo portuário de São Luis é o que tem a menor distancia entre o Brasil e os maiores mercados mundiais: Estados Unidos, Europa e Ásia. Um navio que parte do Maranhão rumo a Roterdã, na Holanda, gasta, por exemplo, sete dias a menos de viagem que um navio saindo do porto de Santos. Vantagem que coloca o Estado em posição de destaque.
http://imirante.globo.com/noticias/pagina220700.shtml

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