O Maranhão poderá ter o seu primeiro estaleiro de grande porte para reparo de navios.
Executivos do Bergen Group, investidor norueguês com tradição no setor de construção e de reparos navais, reuniram-se, ontem, com a governadora Roseana Sarney e com o secretário de estado da Indústria e Comércio, Maurício Macedo, no Palácio dos Leões, para discutir as possibilidades de implantação de um estaleiro de reparo naval no estado.
Os executivos da Bergen, Magnus Stangeland (chairman fo the board), Terje Sjumarken (diretor executivo) e Pal Engebretsen (CEO) foram trazidos ao Maranhão pelo diretor de Transporte Marítimo da Transpetro, Agenor César Junqueira Leite, que os acompanhou na reunião no Palácio dos Leões.
“Trouxemos ao Maranhão os empresários noruegueses para ver os locais e a infra-estrutura. Os noruegueses ficaram muito interessados e bastante impressionados pela recepção do governo”, afirmou o diretor da Transpetro.
“Trafegam pelo porto do Itaqui cerca de 100 navios por mês e este número deve dobrar com achegada da Refinaria da Petrobras. Uma oportunidade de negócios que os empresários noruegueses estão vislumbrando”, informou.
Reunião pela manhã - Antes da reunião com a governadora, os empresários noruegueses e executivos da Transpetro se encontraram, pela manhã, com o secretário Maurício Macedo.
Os executivos do grupo Bergen assistiram a uma apresentação sobre os potenciais, a logística e os atrativos do Maranhão para receber investimentos.
O charman da Bergen, Magnus Stangeland, revelou que eles vieram ao Maranhão para conhecer de perto as potencialidades e estudar a implantação do estaleiro no estado por causa do grande tráfego de navios no complexo portuário de São Luís, formado pelos portos do Itaqui, Ponta da Madeira (Vale) e Alumar.
Ao final da reunião, o executivo disse estar bastante satisfeito com as condições favoráveis do estado. "Fiquei muito impressionado e encantado com as informações. Queremos discutir agora com o governo do Maranhão sobre os incentivos a serem oferecidos para que possamos começar a desenvolver o nosso trabalho no estado", afirmou Magnus Sangeland.
O secretário de Indústria e Comércio, Maurício Macedo, informou que o Governo do Estado está reformulando sua política de incentivos. "Além das condições naturais e do amplo mercado para o reparo de navios, em função do grande tráfego aqui existente, o governo está mudando a política de incentivos, tornando-a mais atrativa para os investidores. No caso do Bergen Group, os representantes devem apresentar seu pleito, que será analisado e futuramente encaminhado para a assinatura de um termo de compromisso", disse Macedo.
No Brasil circulam cerca de 4 mil navios por ano. Ano passado o complexo portuário de São Luís recebeu 1.386 navios - até setembro deste ano, foram 1.091 navios. A marinha mercante, porém, não dispõe de estaleiros navais de reparo suficientes para atender a esse mercado.
É a razão pela qual a Transpetro, braço da Petrobras para a área de transporte, está atraindo investidores especializados para investirem no país, segundo Agenor Leite. "Precisamos ter no Brasil mais estaleiros de reparo", observou o diretor, ao ressaltar que o Maranhão, por ter uma posição geográfica estratégica e uma grande indústria de exportação, oferece um amplo mercado para esse tipo de indústria. "O Maranhão recebe grandes navios", disse o diretor, ao ressaltar a demanda de serviços de reparos que podem ser realizados no estado.
Ele destacou ainda que, além do tráfego atual de navios no estado, haverá um aumento considerável a partir da implantação da Refinaria da Petrobras.
http://imirante.globo.com/oestadoma/noticias/2009/11/18/pagina165239.asp
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