O Sindicato Nacional da Indústria Naval (Sinaval) divulgou a estimativa de que oito estaleiros de grande porte, no valor estimado de US$ 10 bilhões, estão sendo projetados por grupos nacionais e estrangeiros para operar no Brasil entre 2010 e 2011. O investimento visa a atender à demanda crescente de construção de sondas de perfuração, plataformas e navios petroleiros, que devem atingir R$ 150 bilhões em cinco anos. O Maranhão está na disputa desses empreendimentos.
De acordo com os levantamentos do Sinaval, divulgados pelo jornal O Estado de São Paulo, o estaleiro Mauá, do empresário German Efromovich, estuda a instalação de uma unidade no Maranhão. Nesta semana, representantes do Bergen Group, indústria naval norueguesa, manifestaram ao Governo do Estado interesse no litoral de São Luís, para construir um estaleiro de navios de grande porte. No ano passado, o Eisa Estaleiro S/A, empresa do grupo Synergy, assinou um protocolo de intenções com o Executivo estadual para instalar uma unidade nas proximidades do Porto do Itaqui.
No caso do grupo Eisa, o projeto foi orçado em R$ 340 milhões, para construção do Estaleiro do Mearim, destinado à produção, montagem, instalação e reparo de navios e plataformas de petróleo. O projeto prevê a produção de navios com capacidade de carga de 185 mil toneladas de porte bruto (tdw).
Disputa - Segundo levantamento do Sinaval, no ramo da indústria naval os estados com maior avanço nesse setor, atualmente, são Pernambuco, Bahia e Santa Catarina. Em seguida vêm Rio Grande do Sul e Ceará, com um projeto de estaleiro cada, e o Maranhão, que oferece como principal vantagem o excelente calado do Porto de Itaqui, um dos maiores do país.
Entre os principais investimentos previstos estão o do grupo de Eike Batista, o OSX, que vai construir um estaleiro em Santa Catarina; um consórcio formado pelas construtoras OAS, Odebrecht e UTC para construir na Bahia; o grupo Eisa, do empresário German Efromovich, em Alagoas; o Jurong, de Cingapura, no Espírito Santo, e o sul-coreano STX, em local ainda indefinido.
A esses investimentos somam-se ainda estaleiros que não foram oficialmente anunciados e devem ser instalados em São Paulo, Ceará e Santa Catarina. Todos com investimentos de US$ 800 milhões a US$ 1,5 bilhão. Também estuda construir uma segunda unidade o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), do grupo Camargo Correa e Queiroz Galvão, no Ceará, que hoje é o maior da América Latina.
http://imirante.globo.com/oestadoma/noticias/2009/11/19/pagina165260.asp
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