quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Energia da MPX supre 60% do consumo do Maranhão


A energia a ser gerada pela MPX Itaqui, a partir de 2011, quando começa a operar, daria para suprir 60 por cento do consumo atual do Maranhão, excluindo-se o Consórcio Alumar. A estimativa foi feita ontem pelo presidente da empresa, Édio Rodenheber, após participar do 2º Encontro de Negócios com fornecedores maranhenses, quando foram apresentadas as oportunidades de negócios que estão sendo criadas por este empreendimento, tanto pela MPX quanto pelas suas terceirizadas, Enfil, Mabe, Siemens e Tecnometal.

De acordo com o presidente da MPX, a usina terá capacidade de 360 MGW, o que representa uma produção de 216 mil quilowates por hora, e toda essa energia será jogada no sistema de distribuição da Eletronorte, que repassará para a Cemar, concessionária para fornecimento às empresas e residências. Para geração dessa energia, a usina consumirá em torno de 600 mil a 1 milhão de toneladas de carvão mineral a ser importado da Colômbia, mas o Rodenheber garante que não haverá fortes impactos ambientais, já que a empresa estará equipada com o que existe de mais moderno neste setor, tanto no controle da emissão de gases quanto na utilização de água marinha.

Para produção da energia, além do carvão, a MPX utilizará água do mar, que será dessalinizada, boa parte dela em estado potável, que depois da utilização será devolvida à baía, sem nenhum prejuízo ambiental. O mesmo acontecerá com o dióxido de carbono (CO2), o enxofre e os demais gases que serão abafados para não haja grandes emissões prejudiciais ao meio ambiente. “Posso assegurar que nossa energia será limpa”, disse ele, acrescentando que outras ações ecológicas serão desenvolvidas pela empresa como compensação dos impactos, já que é impossível qualquer empreendimento sem afetar o ecossistema. Ele informou também que a MPX operará seis meses por ano, no período de estiagem, que é quando a produção de energia nas hidrelétricas diminui em função da redução de nível de água dos seus reservatórios.





Empreendimento - De acordo com o presidente da MPX, levando-se em conta o conjunto do empreendimento, pode-se afirmar que 40% já estão executados, no que se refere a contratação dos serviços de engenharia, compra de equipamentos e execução do projeto, entretanto em obras físicas ela está com apenas 3%, sendo que o objetivo é concluir todas os serviços de fundição antes do início do inverno. Quando as obras estiverem no seu topo, a estimativa é de que sejam criados 1,5 mil empregos, diretos e indiretos, entretanto nas operações serão apenas 120 empregados, suficientes para colocá-la em pleno funcionamento.


Quanto à participação de empresas locais no projeto, Rodenherbs disse que essas contratações serão feitas pelas terceirizadas, estando a Mabe responsável pela implantação da usina; Tecnometal, pelas instalações das correias de transmissão; a Siemens, pela substação e linha de transmissão; e a Enfil, que fará o tratamento de água. Ele acredita que com o encontro de ontem possam surgir empresas que se adequem às exigênxias de cada uma dessas contratadas. A empresa, como nova integrante do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores – PDF, vai abrir o máximo possível de oportunidades de negócios aos empresários maranhenses, segundo seu presidente.


Vantagens - Ao fazer uma comparação de uma termelétrica com uma hidrelétrica, Édio Rodenherg. disse que a primeira, além de provocar menos danos ambientais, porque dispensa formação de reservatórios, também tem menos custos de transmissão, já que geralmente são próximas das cidades, enquanto as outras ficam em áreas isoladas.

Sobre a escolha de São Luís para construção desta usina, o presidente da MPX diz que pesaram fundamentalmente a questão do porto, pois é um dos pontos mais próximos da Colômbia, de onde virá o carvão, e a abundância de água. Ele esclareceu que o projeto começou em 2007, quando foram tomadas as primeiras providências para destinação da área, deslocamento da comunidade que ali residia, as licenças ambientais etc, estando agora na fase das fundições.

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