Apresentado projeto básico para a reabilitação do Forte São Luís
- Portal Iphan
Além
da restauração, o projeto contempla a conservação arquitetônica;
estrutura aparece desde os primeiros registros da ocupação da capital
Durante o encontro, Kátia Bogéa destacou a importância da obra como um resgate necessário desse monumento. “Não podemos ignorar o fato de que a cidade de São Luís nasceu ali. Assim, para além de criar uma intervenção física de recuperação e valorização do patrimônio, a restauração tenta resgatar a real importância do monumento. A reabilitação irá limitar a deteriorização da paisagem, ao mesmo tempo que fomentará a cidadania, potencializando o comércio e atraindo o turismo”, explica a presidente do Iphan.
Além da restauração, o projeto contempla a conservação arquitetônica do bem, adequa o imóvel aos seus usos, garantindo a manutenção de seus valores de significância cultural, possibilita condições adequadas e seguras para o desempenho das atividades necessárias ao uso público e resgata o valor como monumento histórico da fortaleza no Centro Histórico de São Luís.
Histórico
Inserido no perímetro de tombamento federal e na área inscrita como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o Forte São Luís aparece desde os primeiros registros da ocupação da cidade de São Luís, que cresceu à sombra de seu forte. Assim como outras cidades brasileiras, São Luís construiu e desenvolveu seu plano urbano do período colonial em torno da fortificação que, ao mesmo tempo, tinha a função de proteger contra os invasores externos e de representar o poder político e militar português na região.
A cidade de São Luís nasceu francesa, em 1612, através de Daniel de La Touche – o Senhor de La Ravardière, e François de Razilly – o Senhor de Razilly. Eles desembarcam na ilha com o propósito de implantar a França Equinocial com a autorização da Rainha Maria de Médici e, assim, o Forte e a Vila de São Luís, em homenagem ao Rei-menino Luís XIII. A vila de São Luís tornou-se portuguesa em 1615, a partir da retomada deste território pelas tropas de Jerônimo de Albuquerque, acabando com o sonho de uma colônia francesa em terras brasileiras.
A antiga Vila de São Luís expandiu-se além dos limites da cidadela francesa, seguindo o traçado ortogonal deixado pelo engenheiro Francisco Frias de Mesquita em 1616, absorvendo, sufocando e camuflando a fortaleza. No ano de 1626, foi edificada a casa dos capitães-mores no terceiro terrapleno do Forte São Luís, que passou por sucessivas mudanças e mutilações que descaracterizaram e banalizaram o seu valor. A fortificação recebeu diferentes nomes entre os séculos XVII e XIX: Forte de Saint Louis, Forte de São Felipe, Castelo de São Felipe, Forte Grande de São Luís, Forte de Miguel ou Forte do Baluarte. Também acompanhou as diversas etapas de intervenção urbana na cidade de São Luís ao longo de todo esse período.
A atual intervenção no Forte São Luís torna-se essencial para resgatar sua autenticidade enquanto monumento, divulgando o valor na história da cidade e do país, e respeitando todo o seu contexto social.
PAC Cidades Históricas
O PAC Cidades Históricas é um avanço nas políticas culturais que viabiliza por meio de investimentos juntos às prefeituras a preservação do patrimônio cultural brasileiro, valorizando a cultura e promovendo o desenvolvimento econômico e social com sustentabilidade e qualidade de vida para os cidadãos. O Programa atua em 44 cidades, de 20 estados da federação, com a disponibilização de R$ 1,6 bilhão para obras públicas.
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