quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Alumar comemora marca de 5 mil atracações de navios em terminal

Instalação portuária do Consórcio de Alumínio do Maranhão, em São Luís, inaugurada na década de 1980, recebeu ontem o navio cargueiro Juruti.

Foto: Divulgação
Nilson Ferraz, diretor da Alumar, e Marcos Hamaoka
O Terminal Alumar, inaugurado na década de 1980, alcançou ontem a marca de cinco mil atracações de navios, com a operação do cargueiro de bandeira brasileira Juruti. Para celebrar a marca histórica, foram convidadas autoridades civis, portuárias, lideranças empresariais e funcionários do Consórcio Alumar para o descerramento de uma placa comemorativa.
A solenidade foi presidida pelo diretor da Alumar, Nilson Ferraz, que abriu a solenidade prestando uma homenagem a um pioneiro do porto maranhense: Mário Flexa Ribeiro, que, no início, na condição de operador portuário, transportou toda infraestrutura base que permitiu a construção e a transformação do Consórcio, na época formado por Billiton, Alcan e Alcoa.
“A nossa missão tem sido promover o desenvolvimento do Maranhão e o fazemos consciente da importância do setor portuário maranhense e nos seus valores profissionais”, afirmou Nilson Ferraz. Ele concluiu agradecendo os funcionários e as empresas parceiras da Alumar.
Entre as autoridades presentes e homenageadas com placa especial destaque para o capitão dos Portos Marcos Tadashi Hamaoka, o presidente do Sindicato das Agências de Navegação (Syngamar), Jorge Afonso Guagliani Pereira, e representantes da Norsul e da Alcan.
Atualmente, o porto (tecnicamente chamado de terminal de uso privado – TUP), com dois atracadouros de navios, movimenta em média 13 mil toneladas de cargas por ano. É utilizado para o desembarque de matérias-primas e insumos para a produção de alumina (bauxita, soda cáustica, coque e piche). O terminal também embarca alumina para os mercados europeu e asiático.
Desde 2010 a empresa vem expandindo sua capacidade operacional portuária tendo como matéria base de operação bauxita, alumina, soda cáustica, carvão, alumínio e óleo diesel.
“Para duplicar a produção de alumina, tivemos de viabilizar uma estrutura que suportasse essa nova demanda”, explicou Nilson Ferras, diretor da Alumar. Segundo ele, a ampliação do porto permitiu maior rotatividade das embarcações, reduzindo a taxa de ocupação e aumentando em 165,3% a capacidade de movimentação de carga.

Navio – A marca histórica de cinco mil atracações no TUP Alumar foi ressaltada pela operação do cargueiro Juruti, da companhia de navegação Norsul. Trata-se da mesma embarcação que inaugurou a rota regular de carregamento de bauxita da mina da Alcoa em Juruti, no Pará, em 2012. O navio tem 75 mil toneladas de porte bruto, 225 metros de comprimento, 32 metros de largura e 11,3 metros de calado (parte submersa do casco). A embarcação percorre cerca de 80 horas do porto de Juruti até o TUP Alumar (distância de 1,6 mil quilômetros).
Vale ressaltar que o primeiro navio a sair carregado do porto de Juruti com destino a São Luís foi o Norsul Camocim, em outubro de 2009. Na ocasião, o cargueiro de 199 metros de comprimento e 30 metros de largura desembarcou 43 mil toneladas de bauxita.

Bauxita - De acordo com informes anteriores da empresa, as reservas minerais na região de Juruti permitem a previsão de uma vida útil do empreendimento de, no mínimo, 70 anos. Para absorver toda a produção de Juruti, foi iniciada em janeiro de 2007 a expansão da Refinaria do Consócio de Alumínio do Maranhão (Alumar), com o objetivo de ampliar a produção de alumina de 1,5 milhões de toneladas (t) por ano para 3,5 milhões/t/ano.
Com uma reserva de cerca de 700 milhões de toneladas, a mina de Juruti possui um dos maiores depósitos de bauxita de alta qualidade do mundo, com cerca de 49% de alumina disponível no minério. Perde apenas, em teor de alumina, para a bauxita encontrada em solo africano, que detém cerca de 50% de concentração.
Da bauxita é extraída a alumina, que, por meio do processo de redução, é transformada em alumínio. A produção é constituída de uma série de reações químicas. A bauxita é moída e acrescida de uma solução de soda cáustica, que a transforma em pasta. Aquecida sob pressão e recebendo novas quantidades de soda cáustica, esta massa se dissolve e forma uma solução que passa por processos de sedimentação e filtragem. Nessa etapa, são eliminadas todas as impurezas e a solução restante fica pronta para que dela seja extraída a alumina.

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Formado pelas empresas Alcoa, Rio Tinto, Alcan e BHP Billiton, o Consório de Alumínio do Maranhão (Alumar) é um dos maiores complexos de produção de alumínio primário e alumina do mundo. A Alumar foi inaugurada em julho de 1984 e tem em seus quadros 90% de funcionários maranhenses, além de realizar negócios com centenas de fornecedores locais.

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