quinta-feira, 15 de maio de 2014

Núcleo de Arqueologia da UFMA funcionará na antiga Fábrica Progresso

Convênio para recuperação do prédio na Rua Antônio Rayol, onde já funcionou o Sioge, será assinado na sexta-feira por Iphan e UFMA com a Petrobras.

Foto: Flora Dolores
Prédio histórico, onde funcionaram a Fábrica e o Sioge
 
Será assinado na sexta-feira, dia 16, no Palácio dos Leões, um convênio entre Petrobras, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Universidade Federal do Maranhão (UFMA) que garante o repasse de R$ 11 milhões para a restauração da Fábrica Progresso, onde funcionará o Núcleo de Arqueologia da universidade. A assinatura ocorrerá na presença da governadora Roseana Sarney; da presidente do Iphan, Jurema Machado; da superintendente do Iphan/MA, Kátia Bogéa; do vice-reitor da UFMA, Antônio Oliveira, e do gerente-geral de implantação da Refinaria Premium I, Paulo Turazzi de Carvalho.
Localizado na Rua Antônio Rayol, no centro de São Luís, no prédio da Fábrica Progresso, construído no fim do século XIX, também funcionou o Serviço de Imprensa e Obras Gráficas do Estado (Sioge) e foi cedido pelo Governo do Maranhão por 20 anos, por meio da Secretaria de Planejamento a UFMA depois de solicitação feita pela superintendente do Iphan e do reitor da universidade, como parte de parceria estabelecida entre Iphan e
UFMA, visando à reabilitação do Centro Histórico de São Luís para a disponibilização de local que fosse capaz de comportar um grande núcleo universitário.
O Iphan, no âmbito do Licenciamento Ambiental da Refinaria Premium I, indicou à Petrobras, como medida de mitigação dos impactos do empreendimento ao meio ambiente cultural, notadamente ao patrimônio arqueológico, o repasse, por meio de convênio no valor de
R$ 11 milhões ao Iphan, para a restauração e adaptação da edificação ao novo uso.
Obra - O espaço, com cerca de 4.400 metros quadrados, será totalmente restaurado pela UFMA, com o acompanhamento técnico da Superintendência do Iphan, para instalação do Núcleo de Arqueologia, que terá como missão a guarda e catalogação do material arqueológico que é, legalmente, de propriedade da União, além de desenvolver pesquisas e estudos de interesse público de relevância para o patrimônio arqueológico.
O centro terá espaço para exposição permanente sobre o Patrimônio Arqueológico do Maranhão, com uma mostra que abrigará as mais de 70 mil peças arqueológicas encontradas nas escavações feitas no terreno da Refinaria Premium I, no município de Bacabeira, além de laboratório, reserva técnica suficiente para abrigar os achados arqueológicos e salas de aula. O espaço também abrigará o curso de História e a pós-graduação.
O Iphan e a UFMA, ao receberem importante quantia e recuperar mais um monumento histórico, fortalecem ainda mais a parceria em prol da revitalização do Centro Histórico de São Luís, a exemplo da obra de restauração da Fábrica Santa Amélia, que abrigará os cursos de Turismo e Hotelaria, e integrará com a restauração da Fábrica Progresso o Complexo Universitário da UFMA no Centro Histórico. Além do complexo formado pelas duas antigas fábricas, o Iphan repassou recursos à universidade federal, dentro do Programa PAC Cidades Históricas, para a restauração dos palácios Cristo Rei e das Lágrimas, Fórum Universitário e o Teatro de Tablado.

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Também será assinada no dia 16 a ordem de serviço que autoriza o início da obra de reforma e adaptação do prédio à Rua da Estrela, n°341, Centro Histórico de São Luís, para sediar o anexo da Faculdade de História da Universidade Estadual do Maranhão (Uema). A obra, no valor de R$ 2.625.559,44, é uma das ações aprovadas no Programa PAC Cidades Históricas para a cidade de São Luís e será executada pela Superintendência Estadual do Iphan, por meio da empresa R.G. Verde Construções, vencedora da licitação pública.

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