quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Chile quer fazer investimentos no Maranhão

Embaixador do Chile prevê futuros investimentos no MA

Fernando Schmidt foi recebido ontem no Palácio dos Leões pelo chefe da Casa Civil, João Abreu
04/12/2013 00h00
Em visita à capital maranhense, o embaixador do Chile no Brasil, Fernando Mariano Schmidt, falou ontem sobre possíveis investimentos a serem feitos pelo país andino no território maranhense. Segundo ele, apesar da distância geográfica, o estado demonstrou potencial na expansão do setor industrial, com a chegada de empreendimentos, nos últimos anos.
O embaixador do Chile foi recebido, na tarde de ontem (3), no Palácio dos Leões, pelo secretário chefe da Casa Civil, João Abreu, representando a governadora do Maranhão, Roseana Sarney. Schmidt veio a São Luís para participar das comemorações pelos 110 anos do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão.
"O embaixador veio receber uma justa homenagem do Corpo de Bombeiros, por essa parceria já estabelecida entre os bombeiros chilenos e os maranhenses, e que vem trazendo troca de tecnologia e treinamento, e tem sido proveitosa para ambas as partes" afirmou João Abreu.

Investidor - De acordo com o embaixador, atualmente o Chile é o principal investidor latino-americano do território brasileiro. Em média, são aplicados anualmente no Brasil cerca de US$ 22 bilhões. No entanto, grande parte dos recursos é destinada para as Regiões Sul e Sudeste do país.
"Pela proximidade geográfica do Chile com estados do Sul e Sudeste, tem-se uma tendência de repasse de investimentos nessas localidades. Mas o Chile vem expandindo suas aplicações. Temos acordos com Pernambuco, Sergipe e Bahia. É possível falar, sim, em médio e longo prazo, em investimentos no Maranhão. Por isso, viemos hoje [ontem] conversar com o Governo do Estado sobre esses possíveis acordos. Por enquanto, as tratativas com o Maranhão estão em fase inicial", disse Fernando Schmidt.
O embaixador também destacou o mercado consumidor da Região Nordeste como um dos fatores para acordos futuros com o Maranhão. "Somente nessa parte do Brasil, vivem 54 milhões de pessoas, quantidade equivalente a cerca de um quarto do total da população brasileira. É um grande contingente que está sendo visto com mais atenção pelas autoridades chilenas", afirmou.
Schmidt também destacou outros motivos para o interesse do Chile no território brasileiro. "Primeiramente, o Brasil possui aproximadamente 200 milhões de habitantes, enquanto o Chile tem apenas 60 milhões de habitantes. Ou seja, uma diferença muito grande que pode representar em elevação das riquezas chilenas. Também destaco a mudança social ocorrida no Brasil, com elevação do patamar financeiro de grande parte dos brasileiros. Por fim, destaco a estabilidade econômica do Brasil", assinalou.

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