sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Três noites de festa para Boi de Maracanã

Evento que marcará ritual de morte do Boi de Maracanã acontecerá amanhã, domingo e segunda-feira, no Viva Maracanã, com a participação de grupos.
 
Três noites de festa para marcar o encerramento oficial da temporada de apresentações que o Boi de Maracanã (sotaque de matraca) iniciou no mês de maio. É o que promete a programação do ritual de morte simbólica do Boi de Maracanã que acontece amanhã, domingo e segunda-feira, na praça do Viva Maracanã, começando sempre às 21h.
Como todos os anos, a festa sempre conta com a participação de convidados de diversos bairros de São Luís, São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar, além de atrações culturais. Amanhã, o evento terá a participação da Banda Imagem e Paredão Catitu. Domingo, será a vez da radiola Super Itamaraty e do Forrozão Tropykália. Na segunda-feira, os convidados serão Tagarela do Arrocha e banda.
A festa da morte simbólica do Boi de Maracanã é uma tradição que se mantém por anos e é de grande importância para um dos mais expressivos grupos folclóricos do Maranhão e toda sua diretoria, amos e brincantes. “Nós cumprimos a nossa missão de apresentar o nosso folclore antes e durante o São João deste ano e agora cumprimos o ritual como reza a tradição. O boi morre simbolicamente, mas isso não quer dizer que as nossas atividades se encerram. Muito pelo contrário, começa uma nova temporada, que inclui ainda o prosseguimento dos nossos projetos na comunidade”, disse Maria José Soares, presidente do Boi de Maracanã.
O Boi de Maracanã cumpriu uma agenda lotada na temporada junina e se apresentou também no projeto Maranhão Vale Festejar, no mês de julho, no Arraial da Lagoa (Lagoa da Jansen), onde as apresentações foram encerradas com “chave de ouro” fora de sua comunidade. Segundo Maria José Mendes, Maracanã está em uma excelente fase, principalmente pelos muitos convites recebidos pelo mestre Humberto de Maracanã para participação em festivais, documentários e viagens.

Documentário - Este ano, por exemplo, Humberto gravou O Mestre de Maracanã, série documental produzida para a televisão em 13 episódios que oferece vasto panorama da música brasileira de raiz, na visão de alguns de seus músicos mais viscerais e representativos. A série é intitulada Visceral Brasil – as veias abertas da música.
O amo do boi também esteve no Paraná e em Rondônia. Ele balança o seu “Maracá de Prata” há 38 anos à frente do grupo do Maracanã e suas toadas contam com rica poesia as belezas da natureza local, a força dos seus antepassados africanos e indígenas, os desafios e diálogos com outros grandes amos de bumba meu boi do Maranhão, do compromisso com as divindades e com São João Batista que, segundo o próprio, foi quem determinou que ele deveria cantar. Essas são algumas razões da escolha para a participação na Visceral Brasil . “Fiquei lisonjeado com o convite e este, sem dúvida, foi um dos presentes que recebi este ano e dedico a todos aqueles que gostam do Boi de Maracanã”, disse Humberto.

Serviço


• O quê
Morte do Boi de Maracanã
• Quando
Amanhã, domingo e segunda-feira, às 21h
• Onde
Viva Maracanã

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