Esquema de segurança tranquiliza passageiros no aeroporto de SL
Sistema eletrônico de monitoramento funciona desde o
despacho de malas, até a entrada de passageiros na aeronave.
André Lisboa
Da equipe de O Estado
Da equipe de O Estado
Os crimes em terminais de viagens interestaduais e
intermunicipais de São Luís têm sido combatidos por meio de mecanismos e
sistemas de segurança que se estendem em diversas áreas. A distração e a
fragilidade - causadas geralmente pelo corre-corre antes das viagens - da
maioria das pessoas em meio a um local onde embarcam e desembarcam são as
principais causas para delitos, como furtos, trapaças e fraudes.
Câmeras de vigilância, guaritas com policiais, segurança privada
e uma rede de fiscais - controlados separadamente por cada administração - são
os responsáveis por manter a tranquilidade de passageiros que passam diariamente
pelo Aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado, Terminal Rodoviário de São Luís,
Terminal da Ponta da Espera e Estação Ferroviária da Vale.
No Aeroporto Hugo da Cunha Machado, de onde partem e chegam
cerca de 80 mil passageiros por mês, a segurança é mantida por um sistema
eletrônico que funciona desde o despacho das malas até a entrada dos passageiros
na aeronave. No saguão, os viajantes ficam sob a tutela de policiais federais e
militares, que guardam o espaço por meio de sistemas de vigilância separados.
Administrado pela Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportuária (Infraero), o terminal de passageiros tem uma área de 10,7 mil
metros quadrados, escadas rolantes, elevadores, pontes de embarque e câmeras de
vigilância instaladas nos principais pontos. A Polícia Federal trabalha
silenciosamente para evitar dar pistas de movimentação a bandidos. Um dos
resultados de sua atuação na estação aeroportuária foi a grande quantidade de
cocaína apreendida no ano passado pela PF, que acabou por coibir a repetição do
crime este ano, que ainda não teve nenhum registro de movimentação de
entorpecentes por via aérea.
Quando vão embarcar, os passageiros passam por checagem na
alfândega, na qual técnicos e fiscais utilizam o sistema de raio-X, que averigua
o que cada um leva dentro de suas bagagens de mão. As malas, que são
despachadas, também são vistoriadas na área interna do aeroporto.
A vigilância de proteção da aviação civil é feita por agentes
específicos, formados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Eles têm
como especialidade operar equipamentos de raio-X e passam por um treinamento que
requer atributos físicos, preparados para desempenhar função que necessita de
olfato, visão ou tato aguçados. A visão deve, por exemplo, auxiliar na percepção
de cores no exame de malas por meio do raio-X. A audição ajuda os agentes a
ouvir comunicados via rádio, sinais de equipamentos de segurança e ouvir
conversas de pessoas em um raio de 2,5 metros. Os agentes são ainda treinados
para conhecer equipamentos, como detector de traços de explosivos, câmeras de
vigilância, alarme audiovisual e outros.
A segurança na área de embarque também é feita por meio de
entrevistas de passageiros, inspeção de bagagem despachada, controle de acesso a
áreas restritas e patrulhamento móvel em área operacional. O aparato técnico
serve para que os passageiros mantenham a tranquilidade.
Além da proteção federal no espaço, o aeroporto de São Luís tem
uma bancada da Polícia Militar (PM), na qual um vigilante fica de prontidão para
impedir pequenos delitos. Discussões de trânsito, principalmente envolvendo
taxistas, são os poucos atritos que ficam sob a responsabilidade da PM, que
mantém quatro guarnições do 6º Batalhão Militar, da Cidade Operária, no espaço
de viagem, que se revezam em escalas de plantão a cada 12 horas.
Se algum crime for registrado pelos policiais militares, os
infratores são levados diretamente para a Delegacia do São Cristóvão ou para a
Delegacia Especial da Cidade Operária, onde são registradas as ocorrências.
Porém, normalmente, são raros os registros de crimes na área, de acordo com o
sargento PM Benedito Fonseca. "Normalmente se vê mais discussões. A polícia
trabalha na área para evitar problemas e manter a tranquilidade imediata dos
passageiros. Se houver um problema maior, estamos aqui para acionar viaturas e
outras guarnições para o local", disse.
Mais
Não apenas a segurança física dos passageiros é alvo de proteção
no terminal aeroportuário, um ambulatório de primeiros socorros é mantido no
local. No espaço, 13 profissionais - seis médicos e sete técnicos de enfermagem
- revezam-se em plantões para atender principalmente passageiros e tripulantes,
sob a orientação de supervisores e fiscais de voos. Em caso de emergência, os
técnicos e médicos se deslocam para atender passageiros e prestar assistência. O
aeroporto ainda mantém salas com oficiais da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) e o Juizado de Menores também mantém uma sala no terminal,
com um plantonista que deve checar a situação de viagens de crianças, que só
podem viajar sozinhas a partir dos 12 anos.
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