quarta-feira, 31 de julho de 2013

Empresas da Bielorrússia estiveram, em São Luís, tentando fazer parcerias.

Porto do Itaqui poderá receber misturadora de fertilizantes


Reunião dos diretores com a governadora Roseana Sarney. Foto: Liliane Cutrim/Imirante.
 
Durante a visita ao Maranhão, os diretores das duas empresas bielorrussas se reuniram com a governadora do Estado, Roseana Sarney, e com o vice-governador para apresentar a proposta.
 
Liliane Cutrim/Imirante
 
SÃO LUÍS - As empresas Belneftkhim, conglomerado bielorrusso de Mineração, óleo, gás e energia e a Belaruskali, uma das maiores produtoras de fertilizantes e potássio do mundo, ambas da Bielorrússia, vieram ao Maranhão para tentar fazer uma parceria com o Brasil, por meio da empresa Sertrading, para que o Porto do Itaqui receba a produção de fertilizantes e distribua para o país, que é o maior consumidor mundial desse produto.
Segundo, o diretor-geral do grupo Belaruskali, Valery Kiryenko, o Maranhão com o Porto do Itaqui, pode ajudar a fortalecer a produção agrícola no país. “O nosso grupo, como um dos maiores produtores de fertilizantes do mundo, pode fornecer esse produto para melhorar a produção, tanto em quantidade quanto em qualidade. Nós temos o interesse em estabelecer a parceria com o Estado, e pelo visto, isso é recíproco”, acredita diretor.


Diretores das empresas no Palácio do Leões. Foto: Liliane Cutrim/Imirante.
 
Para o vice-governador do Estado, Washington Luiz de Oliveira, a oportunidade é boa, pois o Maranhão pode se destacar na distribuição de fertilizantes no Brasil, importante para o setor agrícola.
Segundo o presidente da Sertranding, Alfredo de Goeye, a finalidade da parceria é utilizar as instalações portuárias do Itaqui, que são bem construídas, bem equipadas e com boa localização, para criar uma misturadora de fertilizante. “Esta é a sexta vez que estamos aqui avaliando o local e discutindo a possibilidade de trazer potássio pelo Porto do Itaqui”, explica o presidente.
Alfredo de Goeye disse, ainda, que a ideia é que as empresas bielorrussas tragam potássio, principal elemento do fertilizante, para o Brasil e desenvolver um terminal específico para isso, para ter uma assistência melhor com armazenamento próximo ao Porto, criando, eventualmente, uma misturadora de fertilizantes.
“Como, geralmente, esse material vem do sul para o restante do país, a ideia é começar essa distribuição a partir do norte. Queremos trabalhar nessa região do Brasil, que cresce cada vez mais na área agrícola”, destaca.
Segundo o presidente da Sertranding, O Brasil importa cerca de 94 % do potássio que consome, o que corresponde cerca de 7,5 milhões de tonelada por ano.
“A gente espera fazer parte do crescimento do Estado. Não sabemos de quanto investimento, ainda é cedo pra falar sobre isso. O que podemos garantir é que haverá abertura para emprego, renda e mais movimento no Porto do Itaqui.”, garantiu Alfredo de Goeye.

Investidores também conheceram as atividades do Porto do Itaqui

Bielorrussos querem alavancar as vendas de potássio no país inteiro, partindo do Maranhão
 

 
Os executivos das empresas bielorrussas Belneftkhim e Belaruskali se reuniram na tarde de ontem com a diretoria da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), em São Luís. Os empresários, que estão entre os principais produtores de potássio do mundo, têm interesse em formar uma joint-venture com o grupo brasileiro Sertrading e utilizar o Porto do Itaqui como escoador do produto.
Na Emap, os executivos foram recebidos pelo presidente da Emap, Luiz Carlos Fossati, que foi informado da intenção de investirem na instalação estratégica de uma indústria misturadora de fertilizantes em São Luís, nas proximidades do Porto do Itaqui.
Os empresários bielorrussos vieram ao Maranhão para verificar a capacidade de atendimento da demanda que projetam produzir na região e vislumbram um grande futuro. "Temos o interesse de englobar todo o Brasil, alavancando as vendas da matéria-prima [potássio]no país inteiro partindo do Maranhão", afirmou Valery Kiryenko, diretor-geral da Belaruskali.
Segundo ele, além da indústria de fertilizante, o grupo tem interesse de investir em outros produtos no Brasil. A Belnefthim, por exemplo, produz, além do fertilizante, compostos de ozônio e pneu. "Hoje temos condições de fornecer sete milhões de toneladas por ano só para o Brasil. Isso dependerá muito do mercado e dos portos", disse.
Valery Kiryenko ressalta que o grupo já fornecia cerca de 1,5 milhão de toneladas de potássio para o mercado brasileiro. Mas houve uma queda nos últimos meses. Esse também foi um dos fatores que trouxeram os empresários para o país.
O presidente do Conselho da Belneftkhim, Igor Zhilin, confirmou o interesse pelo projeto oferecido pela empresa brasileira Sertrading porque acredita que o Brasil é um mercado consumidor em crescimento e que tende a aumentar a necessidade do potássio para a fabricação do fertilizante.
"Como o país produz de dois a três ciclos de plantação por ano, é indispensável preparar o solo para fazer isso. Por isso é importante ter o fertilizante, especialmente de potássio. Estamos prontos para se juntar nesse projeto que foi oferecido. Vemos um ótimo futuro, tanto para o Porto do Itaqui como para o desenvolvimento da própria região", finalizou Igor Zhilin.

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