DUAS TÉRMICAS A GÁS DA MPX ENTRAM EM OPERAÇÃO EM FEVEREIRO NO MA

Por Rafael Bitencourt | Valor


BRASÍLIA - O presidente do grupo EBX, Eike Batista, disse há pouco que colocará em operação até fevereiro dois parques de geração de térmicas a gás natural, que devem reforçar a geração de energia elétrica no país.

“Viemos mostrar o que a empresa pode contribuir. Temos vários parques de geração que podem evitar o racionamento, o que não vai acontecer”, disse o executivo ao chegar à sede do ministério de Minas e Energia para reunião com o ministro Edson Lobão.

Eike disse que as duas novas usinas, Maranhão I e II, vão começar a operar até fevereiro com capacidade para gerar 680 MW. Os projetos, que estão em atraso, são desenvolvidos pelo braço da EBX no setor elétrico, a MPX.

Ao ser questionado se o grupo está apto a atender o esforço do governo de ampliar o os investimentos no país, o empresário citou que a companhia está neste momento com processo de capitalização de R$ 1,3 bilhão em curso. Estes recursos, segundo ele, devem ajudar a complementar investimentos no Porto Sudeste.

Eike comentou o fato de o grupo ter sofrido forte perda no valor das ações em 2012 e começar este ano com os papéis em alta. “O mercado é assim quando você antecipa uma expectativa maior. É aquela velha máxima: você promete menos e entrega mais”, afirmou. O executivo aposta em nova recuperação na bolsa, por considerar o desempenho em alguns empreendimentos do grupo.

“O grupo está na fase de entrega de projetos grandes”. Eike lamentou que problemas como greves e dificuldades de licenciamento tem comprometido o cronograma dos projetos de infraestrutura com prazos que varias de 4 a 5 anos. “Isto faz parte do Brasil de hoje”.

Ao ser perguntado do interesse da empresa de entrar na disputa em projetos de produção de gás xisto, disse que “está olhando” o processo de licitação destes novos blocos. Ele ainda disse que a empresa avalia com frequência a possibilidade de entrega de grupos estrangeiros no capital social do grupo. “Em grupos dinâmicos, essas conversas existem, e são diárias”.