Além de conhecer a obra do Terminal de Grãos, Dilma deve conhecer planos de expansão já concluídos e em andamento.
A presidente Dilma Rousseff, durante a sua visita a São Luís, com passagem programada pelo Porto do Itaqui, segunda-feira, além de conhecer o projeto e a obra do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), vai inaugurar o novo atracadouro do porto, o berço 100, localizado na porção sul do cais. A presidente também terá a oportunidade de conhecer as obras de expansão em andamento e os projetos iniciados na zona portuária, de acordo com a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), gestora do Itaqui.
O berço 100, que fica na porção sul do Itaqui, é uma das mais importantes do processo de expansão do porto maranhense e a partir de agora permite um aumento de 5 milhões de toneladas/ano na capacidade de movimentação de cargas, atendendo inicialmente à movimentação de carga geral e produtos de origem vegetal, e em seguida atendendo exclusivamente às operações de soja, milho e farelo, na segunda fase do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram).Com 320 metros de comprimento e 40 metros de largura, o berço 100 foi construído com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).
O conjunto de obras de reforma e ampliação do Porto do Itaqui incluiu a recuperação dos berços 101 e 102 e a construção da retroárea do berço 101. Com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da ordem de R$ 77,8 milhões, foi possível modernizar uma das mais antigas construções do Itaqui, o berço 102. Atualmente, nos berços 101 e 102 são operadas cargas como GLP, arroz, fertilizante, contêineres, carga de projeto e carga geral, entre outras.
Tegram - Com a oferta de infraestrutura de armazenagem e logística de transporte, o porto maranhense terá um papel preponderante na mudança do eixo exportador do país. Com o Tegram em operação, o Itaqui será o principal porto exportador de grãos do Norte e Nordeste do país.
De acordo com a Emap, na esteira do crescimento da produção de grãos no Brasil e da demanda internacional, o Maranhão desponta não apenas como uma saída para as exportações, mas também como um mercado que reunirá as condições para o adensamento da cadeia do agronegócio na área de influência do Porto do Itaqui (MAPITOBA).
A construção do Terminal de Grãos do Maranhão, já em andamento; a entrada em operação da Ferrovia Norte-Sul, de Palmas (TO) até Açailândia (MA) e a sua conexão com a Estrada de Ferro Carajás criam as bases para o corredor que tem o Porto do Itaqui como destino.
O Tegram, fruto da parceria público-privada bem-sucedida que reúne a Emap e algumas das maiores empresas do agronegócio nacional e internacional, tem aporte de investimentos privados da ordem de R$ 500 milhões. O terminal entrará em funcionamento no final de 2013 e terá capacidade estática de armazenamento de 500 mil toneladas (base soja), compreendendo quatro armazéns com capacidade de 125 mil toneladas/cada e movimentação final de 10 milhões de toneladas/ano na sua segunda fase, prevista para 2019.
Logística - Segundo informes da Emap, o volume cada vez maior de movimentação no Porto do Itaqui exige reforma e ampliação da infraestrutura portuária com recursos próprios, da iniciativa privada e do Governo Federal. Entre os projetos de expansão está a ampliação da capacidade operacional, com estudos futuros, visando a construção dos berços de atracação 98 e 99 no cais Sul. Para proporcionar a infraestrutura adequada à movimentação de contêineres também será criado o Terminal de Contêineres do Maranhão (Tecom), que contará com uma área em terra capaz de abrigar um pátio com acesso rodoferroviário interligado por uma ponte ao Tecom, que terá capacidade para movimentar até 230 mil TEU (unidade padrão de contêiner de 20 pés e capacidade de 20 toneladas, dependendo do volume e do tipo de carga) por ano em cada etapa.
Petróleo - Este ano, com recursos da ordem de R$ 50 milhões, foi iniciada a construção do berço 108, um píer dedicado a granéis líquidos, com 410 metros de comprimento com ampla área de estocagem na retroárea. Essa estrutura esta sendo expandida para atender a demanda atual do mercado. Com isso, a partir do final de 2013, o Itaqui terá um incremento na sua movimentação em torno de 40%, o equivalente a 3,5 milhões de toneladas de derivados e petróleo.
O Itaqui operou 14 milhões de toneladas de granéis líquidos e sólidos, carga geral e de projetos em 2011. Metade da movimentação foi de derivados de petróleo, o que dá ao porto maranhense a segunda posição como entreposto de derivados de petróleo do Norte-Nordeste.
No seu plano de negócios, a Emap irá disponibilizar novas áreas para instalação de novos negócios. Na área A02, com 196 mil metros quadrados (m²), estão sendo realizadas a terraplanagem e drenagem, com investimentos próprios da EMAP no valor de R$ 16 milhões e mais R$ 230 milhões da iniciativa privadaserão investidos para construção do Terminal de Pellets e Celulose (TPC).
Expansão do Itaqui
Obras já executadas:
- Recuperação estrutural dos berços 101 e 102 no valor de R$ 77,8 milhões, com 90% recursos do PAC e 10% de recursos próprios;
- Construção do berço 100 e alargamento do cais sul, com investimentos de R$ 139,5 milhões, sendo 90% recursos do PAC e 10% recursos próprios;
Obras em execução:
- Construção do píer petroleiro, o berço 108, com investimento de R$ 50 milhões com recursos do Governo Federal;
- Construção do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) com investimentos totais da iniciativa privada da ordem de R$ 500 milhões;
- Construção do Terminal de Pellets e Celulose do Maranhão (TPC). Obra de terraplanagem, drenagem da área A02.
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