Leilão está previsto para maio de 2013, em data a ser estabelecida pela agência.
Ribamar Cunha
Subeditor de Economia
Subeditor de Economia
O leilão mais esperado na área de exploração de petróleo e gás natural, a 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), finalmente foi autorizado pela presidente Dilma Rousseff. Com a aprovação, a expectativa do secretário de Estado de Minas e Energia, Ricardo Guterres, é de que o Maranhão seja destaque no leilão, pelo potencial dos 54 blocos que serão ofertados, localizados nas bacias Pará-Maranhão e Barreirinhas (marítimas) e Parnaíba (terrestre).
A 11ª Rodada de Licitações está prevista para ocorrer em maio de 2013, em data a ser estabelecida pela ANP. "O sucesso da exploração de gás natural na Bacia do Parnaíba e o potencial das outras, localizadas na Margem Equatorial que serão ofertadas, deverão fazer do Maranhão o destaque na 11ª Rodada de Licitações, atraindo o interesse de mais investidores", analisou Ricardo Guterres.
Segundo Guterres, o interesse dos investidores pelo estado é real. Ele disse que o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), João Carlo de Luca, o procurou e afirmou que os empresários do setor estão decididos a investir em blocos do Maranhão que forem colocados em leilão. "Isso é excelente, pois está mudando o perfil econômico do estado que, definitivamente, se consolida no mapa produtor de petróleo e gás no Brasil", destacou.
Política - Na avaliação do secretário, o leilão será fundamental para a política definida pela governadora Roseana Sarney de atrair investimentos para o setor, com o objetivo de gerar royalties, empregos e aumentar a arrecadação de impostos. "Um planejamento que, na prática, demonstrou ser acertado e estará definitivamente consolidado com a realização deste leilão", afirmou.
Os 54 blocos em áreas terrestre e marítimas no Maranhão integram um total de 174 blocos que serão ofertados na 11ª Rodada de Licitações, aprovados em abril do ano passado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Além de Pará-Maranhão, Barreirinhas e Parnaíba, serão ofertados blocos nas bacias do Ceará, Espírito Santo, Foz do Amazonas, Sergipe-Alagoas, Potiguar e Recôncavo, totalizando 87 em mar e 87 em terra, ocupando uma área de 123 mil km².
Bacias - Na Bacia Pará-Maranhão, considerada nova fronteira petrolífera localizada na porção norte da plataforma continental brasileira (Margem Equatorial), na costa dos estados do Pará e Maranhão, serão ofertados oito blocos no mar, abrangendo uma área total de 6.154 km², com bônus mínimo previsto de R$ 8 milhões.
Já na também bacia marítima de Barreirinhas, serão ofertados 26 blocos no mar, total de 13.073 km², com bônus mínimo previsto de R$ 23 milhões. De acordo com a ANP, a Bacia apresenta grande potencial petrolífero, pois possui sistema petrolífero ativo comprovado e ocorrência de hidrocarbonetos em vários poços perfurados. Expectativa para petróleo leve e condensado.
A maior expectativa é em relação à Bacia do Parnaíba (terrestre), onde a OGX descobriu grande reserva de gás natural e está próximo de iniciar a produção.
Lá, serão ofertados 20 blocos, perfazendo uma área de cerca de 59.860 km², com bônus mínimo previsto de R$ 5 milhões.
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