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O Itaqui movimentou 1.475 TEUS, o equivalente a 200 mil toneladas.
SÃO LUÍS - A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) está ampliando as operações com contêiner no Porto do Itaqui, o que interliga a economia do Maranhão a novos mercados. No ano passado, a Emap implantou a primeira linha regular com a CMA CGM para exportação de ferro níquel para o mercado europeu. Em 2011, o Itaqui movimentou 1.475 TEUS, o equivalente a 200 mil toneladas, em operações realizadas pela Brazil Marítima com a CMA CGM em uma linha que começou mensal e evoluiu para semanal. Em junho, foi inaugurado um novo serviço regular com o primeiro carregamento de ferro níquel para outros mercados, o chamado North Brazil Feeder e, nesta quinta-feira (30) a Log-in realizou a sua primeira operação.
O presidente da Emap, Luiz Carlos Fossati, explicou que com o acesso a outros mercados, entre outras vantagens, o Itaqui facilita à indústria maranhense tanto a aquisição de insumos quanto a exportação dos produtos aqui produzidos com custos e prazos reduzidos. “A conexão com grandes portos via cabotagem permite que os empresários possam se programar, já que cada serviço via contêiner tem periodicidade regular, e ainda possibilita a exportação de produtos em quantidades menores”, frisou.
Em 2011, a Vale iniciou a exportação de ferro níquel operado no berço 102 e que chega ao Itaqui via Estrada de Ferro Carajás (EFC). Com a criação da primeira linha regular de contêineres em 2011, outras empresas já procuraram o Porto do Itaqui com o objetivo de buscar acesso marítimo. Destaca-se a movimentação de proteína animal congelada que tem um grande potencial já identificado na ordem de 3,6 mil toneladas anuais. Testes com contêineres reefers (refrigerados) foram realizados com sucesso no segundo semestre do ano passado para avaliar as necessidades para esta operação.
O North Brazil Feeder, novo serviço regular da CMA CGM, inclui escalas em Pointe-a-Pitre (Guadalupe), Porto de Espanha (Trinidad e Tobago), Belém (PA), Itaqui (MA) e Santana (AP) e Paramaribo (Suriname). O novo serviço se conecta com outros que carregam e descarregam na costa leste dos Estados Unidos, oeste do Mediterrâneo, Caribe e América Central, Norte da Europa, Guiana Francesa, entre outros mercados. A frequência do serviço será de 21 dias.
Já a rota de cabotagem da Log-In iniciada, nesta quinta-feira (30), com o Serviço Costa Norte terá frequência quinzenal e ligará o Itaqui a Vila do Conde (PA), Fortaleza (CE) e Suape (PE). A carga é proveniente de portos como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Pernambuco e está composta de alimentos, bebidas, higiene e beleza, material cirúrgico e arroz, que apesar de ser alimento, no transporte integra uma categoria separada. A previsão da empresa é operar entre 800 e mil TEUS/mês no Itaqui.
Maurício Alvarenga, gerente geral de Administração e Vendas da Log-In, informou que a empresa está impulsionada pelo crescimento econômico das Regiões Norte e Nordeste nos últimos anos. Daí a implantação do novo serviço, que ligará Maranhão e Pará aos principais portos do Brasil e Mercosul. “Esse é um modal bastante competitivo já que absorve grandes quantidades, tem menor custo, emite menos CO² e também é mais seguro do que o transporte rodoviário, por exemplo”, disse Alvarenga. A Log-In transporta também produtos nas áreas de siderurgia, linha branca e eletroeletrônicos, além de alumínio, material de construção e refrigerados. A empresa tem planos de elevar sua capacidade nominal para 15.600 TEUS através de dois navios adicionais e de alterações pontuais do perfil da frota existente.
Futuro
A projeção de carga num cenário referencial mapeado no Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) mostra que a longo prazo, até 2031, serão mais de 450 mil TEUS transportados em contêiner, o equivalente a 9 milhões de toneladas. TEUS, da sigla em inglês, é uma unidade internacional de medida equivalente a um contêiner de 20 toneladas. De janeiro a junho deste ano, já foram movimentados 4,6 mil TEUS, o que equivale a mais de 41.400 toneladas.
Para chegar ao volume planejado para os próximos 20 anos, a Emap já sinalizou em seu Plano de Negócios para a elaboração de estudos visando a construção do Terminal de Contêineres do Maranhão. O Tecom, como vem sendo chamado, será instalado nos berços 96 e 95 (ainda não construídos), e que terão capacidade para armazenar até 700 mil TEUS. Para a expansão do Tecom estão previstas ainda as construções dos berços 94 e 93.
As informações são da Secom do Estado.
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