domingo, 29 de julho de 2012

Governo anuncia obras para a urbanização do espigão costeiro


A SINFRA aguarda a liberação da Marinha para iniciar os serviços de urbanização, o que deverá acontecer em menos de um mês.

O espigão costeiro da Ponta d’Areia, construído pelo Governo do Estado em São Luís para conter o avanço da erosão na área e desassorear o canal, melhorando a navegabilidade das embarcações, já apresenta efeitos visíveis, como o aumento da faixa de areia no local. A próxima fase de obras consiste na urbanização local, cujo início está previsto para o próximo mês, que transformará a paisagem em um novo ponto turístico de São Luís.
Segundo o secretário Max Barros, a licitação já foi concluída, a empresa vencedora está contratada e a Secretaria de Infraestrutura já tem o licenciamento ambiental. Agora, aguarda a liberação da Marinha para o início dos serviços de urbanização.
“Esperamos que, no máximo, em duas semanas tenhamos o documento. A expectativa é de que em um mês as obras sejam iniciadas e em um ano a urbanização, não só do espigão, mas de toda orla da Ponta d’Areia, esteja totalmente concluída”, enfatizou.
A primeira etapa da obra, que inclui a complementação de pedra do espigão e vai tornar a chegada das embarcações no local mais segura, deverá ser concluída em seis meses. Já a fase da urbanização total deve durar um ano.
Deque - O projeto inclui a construção de um deque de madeira, que utilizará madeira reaproveitada e palmeiras imperiais como item de ornamentação, proteção das laterais, bancos ao longo do espigão, quiosques para venda de artesanato maranhense, lanchonetes, locais para coleta de lixo, pontos de observação, além de calçadão e ciclovia, entre outros espaços paisagísticos.
“O espigão vai se tornar uma área de passeio público, um espaço de contemplação tanto para os moradores de São Luís, quanto para os turistas, com quiosques de conveniência e bancos em toda área. A orla vai ter um grande calçadão que pode ser utilizado para práticas esportivas como ciclismo, corrida e caminhada”, contou Max Barros.
A maranhense radicada em Portugal, Indira Gand, visitou pela primeira vez o espigão costeiro e revelou que o pôr do sol no local é muito bonito. “Eu não costumava visitar essa área da cidade, mas, depois da obra vejo que ficou muito bonito. O local é lindo para visitar no fim de tarde e também de manhã cedo para ver o nascer do sol”, disse.
Já para o turista paulista, János Varga, a obra tem tudo para fazer ainda mais sucesso. “Virou um ponto turístico bem interessante e quando estiver toda urbanizada então, vai ficar ainda mais bacana”.
Erosão - De acordo com estudo elaborado pela Universidade de São Paulo (USP), encomendado pela Vale e doado ao Governo do Estado, as transformações ocorridas com a construção da Barragem e do Aterro do Bacanga modificaram a velocidade dos rios Bacanga e Anil. Issoa carretou em mudanças na corrente marítima na área da Ponta da Areia, aumentando a intensidade da erosão e diminuindo a faixa de praia, o que acentuou ainda mais o assoreamento do canal.
Segundo o secretário de Estado de Infraestrutura, Max Barros, o espigão costeiro da Ponta d’Areia, também conhecido como quebra-mar, vai recompor a faixa de praia que existia, anos atrás, no local, de forma a conter o avanço da erosão, que já atinge bares, restaurantes e prédios residenciais.
A previsão é que a faixa de praia esteja totalmente recomposta, como era há 50 anos, em um período de 10 anos, ou seja, é uma obra com benefícios a longo prazo. “O que a natureza levou anos para fazer, vai levar anos, também, para se recompor e ter o efeito desejado. Mesmo assim, apesar da previsão de 10 anos, os efeitos do espigão já são percebidos”, afirmou.
Desassoreamento - Outro papel importante desempenhado pela obra é o desassoreamento do canal da Ponta d’Areia, existente entre a península e o banco de minerva, uma espécie de banco de areia. O local serve para o tráfego de embarcações, que estavam encalhando por causa do assoreamento existente no canal.
“Se a obra não fosse realizada seria ainda maior o número de embarcações encalhadas no local, dificultando a ligação da cidade de São Luís com a Baixada Maranhense. O espigão vai permitir que as embarcações não precisem mais contar com a sorte das marés, pois em breve, o local ganhará uma Marina”, contou Max Barros.
A estrutura do quebra-mar tem 572 metros de extensão e contará com mais 128 metros perpendicular à área onde hoje é o Espigão, formando um ângulo de 90º, é nesse encontro que será construída a Marina da Ponta d’Areia.
A obra tem largura variável, indo de 7 metros, no ponto mais próximo da terra, até 13 metros, no ponto mais profundo da orla. Já a altura, varia de 4 a 14 metros.

Benefícios do espigão costeiro


- Promover o fim da erosão na área da Ponta d’Areia;
- Recompor a faixa de praia do local;
- Desassorear o canal de navegação;
- Ajudará no processo de renovação da água da Lagoa da Jansen, pois no local era necessária a dragagem de forma mais eficiente;
- Local será transformado em ponto turístico de São Luís;
- Vai contribuir para geração de emprego e renda com a inclusão de quiosques ao longo do espigão e estimular a venda de artesanatos locais.

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