sábado, 12 de maio de 2012

Festival de tambor de crioula agita Pinheiro

Será realizado hoje, em Pinheiros, a 15ª edição do Festival de Tambor de Crioula Ginga Zé Macaco.

O Festival de Tambor de Crioula Ginga Zé Macaco leva, a partir das 6h de hoje, cores e sons para Pinheiro – distante 343 km de São Luís. Com uma expectativa de público de mais de 15 mil pessoas, a festa coincide com a data em que é comemorada a abolição dos escravos no Brasil, 13 de maio. O encontro de grupos folclóricos acontece todos os anos, desde 1969, no bairro Sete.
A data 13 de maio é, para os movimentos negros do país, um dia de mobilização e lutas por direitos. O festival de Pinheiro, além de valorizar uma das mais expressivas manifestações da cultura popular do Maranhão, exalta a consciência negra. Participarão do encontro 16 grupos de tambor de crioula de 10 municípios maranhenses. As apresentações terão início às 6h e vão até as 8h de amanhã.
A festa faz parte do calendário cultural da cidade, localizada na Baixada Maranhense. Apesar de existir há 43 anos, somente há 15 recebeu o nome pelo qual hoje é conhecido, em homenagem à reunião informal de grupos de tambor idealizado por José Martins Soares, o “Zé Macaco”. Morto na década de 1980, Zé Macaco organizava a festa para que os grupos pudessem se conhecer em apresentações. Após sua morte, o encontro passou a ser preparado por dois de seus filhos, Gilmar Amorim e Doegnes Soares e foi transformado em festival. “Trata-se de uma homenagem a meu pai e também uma forma de dar mais prestígio ao encontro de grupos de tambor”, explica Gilmar Amorim.
Apesar de ter começado como uma tradição familiar, o festival busca preservar a tradição e mostrar a essência do tambor de crioula. A festa movimenta a cidade de Pinheiro e os municípios próximos. Há grupos de São Bento, Bacurituba, São Vicente de Ferrer, Palmeirândia, Cajari, Mirinzal, Turilândia, Santa Helena e Alcântara.
Para Gilmar Amorim, o evento é ponto de partida para fortalecer a manifestação folclórica e exalta a presença do negro na sociedade. “As apresentações são um estímulo para que os grupos sejam mantidos. O festival mostra a riqueza popular do povo maranhense, da cultura dos negros maranhenses”, destaca.
Programação – O festival tem início com uma alvorada de fogos, às 6h. Em seguida, começam as apresentações dos grupos de tambor de crioula formados por jovens aprendizes. A ladainha em homenagem ao tambor de crioula está marcada para 18h. Às 19h, haverá rodas de capoeira e grupos de cacuriá. Às 20h, será feita uma leitura sobre o histórico da festa, com informações referentes à cultura maranhense e à importância do negro na sociedade.
Os grupos de tambor de crioula começam a se apresentar por volta das 21h. Cada apresentação dura cerca de 40 minutos. O encerramento está marcado para 7h, com a formação de uma roda única de tambor, da qual participam todos os grupos.

Serviço


• O quê
Festival de Tambor de Crioula Ginga Zé Macaco
• Quando
Das 6h de hoje às 8h de amanhã
• Onde
Bairro Sete, em Pinheiro (distante 343 km de São Luís)

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