quinta-feira, 24 de maio de 2012

Empresa norte-americana compra parte do Tegram

CHS a dquiriu 25% do terminal que está sendoconstruído pela NovaAgri, no Itaqui.

SÃO PAULO - A CHS acertou a compra de 25% do Terminal Corredor Norte (TCN), no Porto do Itaqui, no Maranhão. Com isso, a subsidiária da maior cooperativa de grãos e energia dos Estados Unidos passa a integrar o projeto do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), obra considerada estratégica para o escoamento dos grãos produzidos no Centro-Oeste e na região conhecida como Mapito (enclave entre Maranhão, Piauí e Tocantins). O anúncio oficial deveria ser feito ontem, nos EUA.
De acordo com o jornal Valor Econômico, o TCN é o veículo criado pela NovaAgri - empresa controlada pelo fundo P2 Brasil, uma joint venture formada por Pátria Investimentos e Grupo Promon - para operar um dos quatro lotes do Tegram em uma concessão de 25 anos (renováveis por mais 25), após concorrência vencida em outubro do ano passado. A NovaAgri segue como controladora do TCN, com 75% das ações.
A NovaAgri deve investir cerca de R$ 65 milhões na empreitada, que começa a operar no fim de 2013. Os recursos serão destinados à construção de um armazém com capacidade estática para 125 mil toneladas de grãos, além das estruturas de recebimento e de expedição dos grãos nos navios.
O valor da negociação não foi revelado, mas a NovaAgri desembolsou R$ 62 milhões pelo direito de explorar seu quinhão no novo terminal - a maior oferta entre as vencedoras da licitação, grupo que inclui ainda a suíça Glencore, a CGG Trading (braço da Cantagalo General Grains, controlada pelo grupo têxtil Coteminas) e o Consórcio Crescimento (formado pela francesa Louis Dreyfus e a brasileira Amaggi Exportação).
Logística - Além de sócia da NovaAgri no TCN, a CHS será usuária do novo terminal, que tem ligação com a Ferrovia Norte-Sul. Com isso, garantirá acesso privilegiado à produção de milho e soja do Centro-Oeste e das novas fronteiras agrícolas no Norte e Nordeste, que hoje enfrenta uma longa - e custosa - viagem de caminhão até os portos do Sul e do Sudeste.
As obras do Tegram começam em agosto e devem consumir cerca de R$ 262 milhões (rateados entre as quatro empresas) em sua primeira fase, quando o terminal será capaz de escoar 5 milhões de toneladas de soja. A previsão é que essa capacidade dobre nos anos seguintes, o que elevará o investimento total para a casa dos R$ 300 milhões.

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Em sua primeira incursão fora dos Estados Unidos, a CHS desembarcou no Brasil em 2006, quando comprou parte da trading brasileira Multigrain. Em maio do ano passado, porém, a companhia americana vendeu sua fatia para a Mitsui, por US$ 225 milhões. Na ocasião, a trading japonesa também adquiriu as ações do sócio-fundador da Multigrain, Paulo Roberto Garcez. O empresário é atualmente o controlador da Agrícola Estreito, uma das sócias estratégicas da Cantagalo General Grains, que arrematou um dos lotes no Tegram

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