A Usina Hidrelétrica Estreito (UHE Estreito), localizada na
divisa dos estados do Maranhão e Tocantins, iniciou o ano em ritmo acelerado na
produção de energia. Cinco turbinas, ou seja, mais da metade das suas unidades
geradoras, já estão em pleno funcionamento. O empreendimento, que começou a
gerar energia no início do ano passado, deverá iniciar a operação comercial de
todas as suas oito unidades geradoras no segundo semestre deste ano.
Segundo o gerente-geral de Obras do Consórcio Estreito Energia
(Ceste), Adalberto Rodrigues, isso representará uma potência instalada de 1.087
megawatts de energia, capacidade suficiente para abastecer uma cidade com 4
milhões de habitantes, o que contribuirá de maneira significativa para a
melhoria do atendimento à demanda da matriz energética do Brasil.
Ele diz que, com cinco anos de resultados positivos alcançados,
o Ceste, responsável pela implantação e operação da usina, intensifica agora
suas ações de planejamento para a segunda fase da obra, referente à montagem
eletromecânica da usina.
O gerente-geral avalia de maneira positiva o cumprimento dos
prazos e ações realizadas pelo consórcio nessa primeira fase de atuação. Segundo
ele, as obras civis da Usina de Estreito foram concluídas no fim de 2011, com o
encerramento da conclusão da etapa de concretagem (concreto em massa).
Segundo Adalberto Rodrigues, a sexta unidade geradora deve
entrar em funcionamento até junho, ficando apenas duas turbinas a entrarem em
operação comercial até o fim do ano. "Do fim do ano passado para o início de
2012, tudo foi intensificado. A previsão é de que a UHE Estreito esteja com as
suas oito unidades geradoras em operação até o fim do ano", afirmou.
Parte social - Além do seu potencial de produção energética, o
consórcio tem ajudado no desenvolvimento socioeconômico da região. Adalberto
Rodrigues afirma que, em cinco anos, o Ceste criou mais de 22 mil empregos
diretos e indiretos. "O volume de profissionais no mercado de trabalho local
permitiu movimento positivo na economia dos municípios, especialmente em relação
à criação de novos empregos, com o consequente aumento na renda das famílias",
informou. Segundo ele, o setor hoteleiro e o comércio local são bons exemplos
desse dinamismo.
O gerente-geral diz que, com uma política voltada para o
desenvolvimento sustentável da região e para as comunidades de sua área de
abrangência, o Ceste realizou, durante a implantação da usina, uma série de
ações sociais para as comunidades locais.
Segundo ele, os benefícios vão da capacitação e incentivo
profissional à emissão de documentos, como Carteira de Identidade, CPF e
Carteira de Trabalho, se estendendo a obras de urbanização e melhoria da
infraestrutura na região, incluindo a construção de áreas de lazer e
entretenimento para a comunidade.
Exemplo - O carpinteiro Vassalo Pereira Coelho, 38 anos, é
exemplo de um bom resultado proporcionado pelo Ceste. Natural de Fortuna,
município maranhense a 420 km de São Luís, ele chegou à obra em 2009 para ocupar
a função de carpinteiro. Em seis meses de trabalho, o funcionário recebeu
progressão e foi efetivado como cabo de turma, na Central de Carpintaria.
O primeiro emprego em um empreendimento do setor de energia,
segundo ele, rendeu bons frutos, como a aquisição da casa própria e estabilidade
financeira. "Tenho orgulho em fazer parte deste empreendimento, até mesmo porque
eu consegui a minha casa própria com o dinheiro do trabalho realizado na usina",
destacou Vassalo Coelho.
Dados gerais da UHE Estreito
Capacidade nominal instalada: 1.087 MW
Localização: no Rio Tocantins, na divisa dos Estados do Maranhão
com Tocantins.
Empregos gerados: 22 mil diretos e indiretos
Municípios da área de abrangência: Estreito e Carolina
(Maranhão) Aguiarnópolis, Babaçulândia, Barra do Ouro, Darcinópolis, Filadélfia,
Goiatins, Itapiratins, Palmeirante, Palmeiras do Tocantins e Tupiratins
(Tocantins).
Números
R$ 4 bilhões É o total injetado na UHE Estreito, pelo Ceste,
consórcio formado pelas empresas GDF Suez, Vale, Alcoa e Camargo Corrêa
Energia.
980mil É o total aproximado de metros cúbicos de concreto
utilizados nas obras civis da UHE Estreito
Principais marcos da hidrelétrica
- Dezembro de 2006: Ibama emite licença de instalação,
autorizando o início da construção da UHE Estreito.
- 2007: Canteiro de obras é implantado e obras civis são
iniciadas
- Setembro de 2009: desvio do rio, procedimento que possibilitou
o início da construção da barragem, é realizado pela estrutura do
vertedouro.
- Novembro de 2010: Ibama emite licença de operação, autorizando
o início do enchimento do reservatório da UHE Estreito e, o então presidente do
Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, visita o canteiro de obras da UHE Estreito,
acionando o fechamento da primeira comporta do vertedouro.
- Dezembro de 2010: é iniciado o enchimento do reservatório.
- Abril de 2011: entrada em operação comercial da primeira
unidade geradora.
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