quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Plataforma de petróleo é retirada do CPSL pela OGX


Plataforma de petróleo é retirada do CPSL pela OGX


A plataforma de petróleo Ocean Scepter, que estava ancorada no Complexo Portuário de São Luís (CPSL) desde o dia 18 de agosto de 2010, foi encaminhada ontem em uma operação naval para a Espanha. Com capacidade para perfurar poços de aproximadamente 11 mil metros de profundidade em lâmina d'água máxima de até 100 metros, a sonda havia sido fretada pela OGX Petróleo e Gás para ser utilizada em operações na Bacia Pará-Maranhão.
A Ocean Scepter, que pertence à empresa Diamond Offshore, foi contratada por ser uma plataforma ideal para perfurações em lâminas d'água como a da bacia do Pará-Maranhão, que é considerada nova fronteira do setor de petróleo e gás e apresenta modelo geológico similar ao de Gana (oeste da África), onde descobertas significativas foram realizadas recentemente.
A plataforma, ao chegar à área portuária da capital, trazida pelo navio cargueiro Triumph, passou por um período de manutenção e em seguida ficou fundeado na chamada Área 7, nas imediações do Terminal Portuário Ponta da Madeira (TPPM/Vale).
Na ocasião, para desembarcar a plataforma do convés do cargueiro, foi realizada uma operação complexa. O navio, com 150 mil toneladas de peso bruto, 217 metros de comprimento, 45 metros de largura e 10,9 metros de calado, inundou os porões com água para que o convés ficasse submerso. Dessa forma, a plataforma pôde flutuar e, com auxílio de barcos rebocadores, foi manobrada para um ponto fixo da baía. Em seguida, o cargueiro voltou à tona e seguiu viagem.
Em nota, a assessoria de comunicação da OGX confirmou o deslocamento da sonda, que estava no Maranhão desde o ano passado, medida justificada pela não renovação de contrato de fretamento do objeto. "Por isso está sendo devolvida", confirma o texto. A OGX disse também que continua focada na obtenção da licença ambiental para operar na Bacia Pará-Maranhão e a afirmou que devolução da sonda, em hipótese alguma, significa a desistência da área a ser explorada.
O capitão de Mar e Guerra Nelson Calmon Bahia, comandante da Capitania dos Portos do Maranhão, já havia confirmado a O Estado, antes da divulgação da nota oficial pela OGX, que de fato houve uma operação de devolução da sonda. A movimentação em alto-mar chamou a atenção de banhistas na orla marítima de São Luís durante a manhã de ontem. "A informação que temos é de que a sonda de petróleo foi encaminhada para a Espanha", disse Nelson Calmon Bahia.





A OGX desistiu e não renovou o contrato de afretamento da  jack-up de perfuração Ocean Scepter, afretada no ano passado com a Diamond Offshore. A decisão foi tomada por conta das dificuldades que vem enfrentando para obter licença ambiental para perfurar na Bacia do Pará-Maranhão. A empresa ficou com a sonda cerca de um ano sem, contudo, realizar a perfuração de um nenhum poço. 




A unidade seria usada para campanhas exploratórias nos cinco blocos que a empresa possui na Bacia do Pará-Maranhão. A Ocean Scepter tem capacidade para perfurar poços de aproximadamente 11 mil m de profundidade, em lâmina d'água máxima de até 100 m.



A OGX afirma, por meio de sua assessoria de imprensa, que continuará buscando obter o licenciamento ambiental das áreas por entender que são de alto potencial. 

Números


100 metros de lâmina d'água é o alcance de profundidade da plataforma Ocean Scepter
11 mil metros de profundidade abaixo da linha d'água é a capacidade de perfuração da Ocean Scepter

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