Maranhão vai começar a produção de gás em 2012

Ribamar Cunha

Subeditor de Economia

Ao apresentar balanço dos resultados obtidos no segundo trimestre de 2011, a OGX Petróleo e Gás reafirmou a intenção da empresa em começar a produção de gás natural na Bacia do Parnaíba, em território maranhense, a partir do segundo semestre de 2012. Serão desenvolvidos inicialmente os campos de Gavião Azul (Capinzal do Norte) e de Gavião Real (Santo Antonio dos Lopes), que deverão produzir 5,7 milhões de m³/dia a partir de 2013.

No balanço, a OGX confirmou para ainda este ano o início da campanha exploratória na Bacia Pará-Maranhão, onde a empresa tem cinco blocos, localizados a mais de 120 quilômetros da costa. A campanha de perfuração com auxílio da sonda Ocean Scepter depende apenas de licenciamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Com relação à campanha exploratória na Bacia do Parnaíba, no segundo trimestre deste ano, a OGX apresentou à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) declarações de comercialidade dos campos de Gavião Azul e de Gavião Real, com seus respectivos planos de desenvolvimento. O processo ainda está sob análise da ANP.

Também nesse período, a OGX concluiu a perfuração de quatro poços, sendo dois pioneiros, OGX-34 e OGX-46D, e dois deles de delimitação, OGX-38 e OGX-51DP. Foi iniciada ainda a perfuração do poço pioneiro, OGX-49, e do poço de delimitação, OGX-57, que continuam em andamento.

Sísmica - Dando continuidade à campanha sísmica nesta bacia, foi contratada no segundo trimestre deste ano a segunda equipe sísmica, focada nos blocos mais ao sul, enquanto a primeira equipe sísmica permanece focada nos blocos mais ao norte.

A produção de gás natural na região atenderá a demanda das usinas que serão instaladas pela MPX Energia S.A., empresa do Grupo EBX, em associação com a Petra Energia S.A., ambas parceiras da OGX nessa bacia. A primeira planta terá capacidade de geração de a gás natural de 1.863 megawatt. O outro empreendimento, que teve iniciado o processo de licenciamento ambiental para o desenvolvimento de mais 1.859 MW na região.

Empresa investiu R$ 1,3 bi em exploração e produção

No primeiro semestre de 2011, a OGX Petróleo e Gás investiu R$ 1,3 bilhão em exploração e produção (E&P) no Brasil. De 2007 a 2010, o volume de investimentos totaliza cerca de R$ 5,9 bilhões, o que a torna a empresa privada que mais investe no país nessa área. Atualmente, a companhia tem nove sondas de perfuração contratadas e mais de 6.000 funcionários próprios e a seu serviço.

O período foi marcado pela continuidade da campanha de delimitação da OGX. Foram perfurados 13 novos poços delimitatórios, sendo dois na Bacia do Parnaíba (MA) e 11 na Bacia de Campos (RJ), onde a empresa também realizou dois testes de formação nos poços horizontais das acumulações de Pipeline e Waikiki, ambos com ótimos resultados.

A declaração de comercialidade dos campos de Gavião Azul e Gavião Real, na bacia terrestre do Parnaíba, confirmou as expectativas da companhia sobre o potencial da região para produção de gás natural.

"Seguimos focados na execução de nosso plano de negócios, que tem avançado significativamente, com a intensificação da campanha de delimitação e realização de testes de formação, essenciais para o processo de transformação de nossos recursos em reservas", comentou Paulo Mendonça, diretor-geral e de Exploração da OGX.

Mais

A OGX tem direitos sobre sete blocos exploratórios na Bacia do Parnaíba, cobrindo uma área total superior a 20.000 km², adquiridos junto à Petra Energia Ltda., que permanece com 30% de participação. Paralelamente a esta aquisição, foi aprovada pela ANP, em abril de 2010, a transferência da participação de 70% dos direitos e obrigações referentes aos sete blocos detidos pela OGX Petróleo e Gás Ltda.

Saiba mais

- A MPX Itaqui, usina termelétrica que a MPX Energia constrói no Distrito Industrial de São Luís, tem perspectiva de entrada em funcionamento em janeiro de 2012.

- Terá capacidade instalada para produzir 360 MW de energia elétrica, utilizando como matéria-prima carvão mineral produzido em minas do próprio grupo localizadas na Colômbia.

- A construção da termelétrica integra o conjunto de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e está recebendo um investimento de R$ 1,5 bilhão na fase de implantação.