terça-feira, 3 de maio de 2011

Produção de algodão se expande e Maranhão deve colher 47,8 mil toneladas

Produção de algodão se expande e Maranhão deve colher 47,8 mil toneladas


O Maranhão volta a se destacar na produção de algodão, com cotonicultura em expansão, abrindo-se novas áreas de produção, sobretudo na região de Balsas. De acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado deverá colher este ano, 47.870 toneladas de algodão herbáceo, aumento de 11,69% em relação à safra passada.

Segundo informações da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), com base nos dados do IBGE, a área plantada de algodão no Maranhão registrou um acréscimo de 8,98% na atual safra, saltando de 13.030 hectares cultivados para 14.200 hectares.

De acordo com a Fundação de Apoio à Pesquisa no Corredor de Exportação Norte (Fapcen), seis grandes produtores estão investindo na produção de algodão na região sul do Maranhão. Entre eles está a Weisul Agrícola, que mantém duas fazendas em Gerais de Balsas, onde 2.200 hectares são dedicados exclusivamente ao cultivo do algodão. A empresa tem planos de aumentar em 20% a área plantada nas próximas safras.

A fibra do algodão produzido no estado está sendo exportada para o mercado internacional pelo Porto do Itaqui e o caroço abastece o mercado nacional para a produção de óleo e ração animal.

Revitalização - Diante dessa revitalização da cotonicultura no estado, a Fapcen promoverá o I Seminário do Agronegócio Algodão nos Cerrados Nordestinos (sul do Maranhão e Piauí e oeste da Bahia). O evento, que está programado para o período de 12 a 14 deste mês, na sede da Fapcen, em Balsas, será realizado em parceria com a Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O seminário tem a proposta de alavancar a cultura do algodão, por meio de ciclo de palestras e debates. No evento, serão apresentadas as principais tecnologias, as novas cultivares, os mais modernos defensivos, os sistemas de produção (convencional e adensado), as tecnologias de aplicação, como também, as perspectivas futuras para incrementar as áreas de plantio de algodão nos Cerrados Nordestinos.

Além de uma mesa-redonda que debaterá as perspectivas do agronegócio do algodão nos cerrados nordestinos para os próximos 10 anos, serão realizadas palestras técnicas abrangendo variados temas, tais como: manejo tradicional do algodoeiro, pragas no algodoeiro, melhoramento de cultivares e produção de sementes, avanços e desafios da tecnologia de aplicação de defensivos no algodoeiro, etc.

No encerramento do seminário, dia 14, está programado um Dia de Campo, voltado para as culturas de soja e milho, incluindo palestra e visitas ás estações experimentais da Fapcen na Fazenda Sol Nascente.

Mais

No chamado período Brasil - Colônia, o Maranhão destacou-se como o principal pólo produtor de algodão. Em 1760, o estado foi o primeiro do país a exportar uma remessa do produto para o mercado internacional.

Além do Maranhão, Pernambuco e Bahia se consolidaram como pólos produtores e tinham a Inglaterra como principal mercado consumidor.

Um comentário:

zeferina disse...

gostaria de saber se algum destes produtores fazem o plantio orgânico.

obrigada.