quinta-feira, 28 de abril de 2011

Consumo de energia cresce 64 mil watts no primeiro trimestre e Maranhão


Maranhão consome mais energia elétrica
 
Consumo de energia cresce 64 mil watts no primeiro trimestre e Maranhão já consome 16% da energia do Nordeste.


Ernesto Batista


O consumo de energia elétrica no Maranhão cresceu 2,2% no primeiro trimestre de 2011. Sozinho, este número mostra que o consumo de outros produtos como eletrodomésticos também está crescendo, o que é reflexo da melhoria da renda média do maranhense, que desde 2005 praticamente dobrou, segundo dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísitca.  
De acordo com os dados da Resenha Mensal de Energia de março, divulgada esta semana pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o estado consumiu dos 2,8 milhões megawatts, o que é cerca de 16% de toda a energia elétrica gasta no Nordeste.
Isso quer dizer que no período o consumo cresceu de 62 mil megawatts, o que dá para acender mais de 511 milhões de lâmpadas de 9 watts ao mesmo tempo e equivale a produção de sete usinas como Tucuruí.
O crescimento do consumo de energia elétrica foi puxado pelo segmento residência e pelo industrial, que juntos respondem por 46 mil megawatts, ou seja, 74,19% da demanda extra no primeiro trimestre de 2011.
O Nordeste teve um cenário um pouco diferente do Maranhão. Somando o consumo dos nove estados da região, a Resenha indica estabilidade - alta de apenas 0,4% - apesar da queda de 5,1% no consumo ocasionado pelo fechamento de indústrias na Bahia e pelo apagão de março. Mesmo assim o crescimento foi de 78 mil megawatts em relação aos três primeiros meses de 2010.
Quem realmente segurou o resultado no Nordeste foi o consumo residencial que cresceu 291 megawatts. O segmento comercial também cresceu, mas num ritmo menor: 120 megawatts.
Explicação
Dois fatores explicam o bom resultado do Maranhão: aumento da atividade industrial e a entrada no sistema de novas unidades residências consumidoras. Por um lado a Alumar e a Vale, os dois maiores consumidores individuais do estado, tem aumentado a produção de alumina, alumínio e pelotas. Por outro lado, o número de consumidores residenciais tem aumentado. Somado a isso, ainda há programa federal Luz para Todos, que hoje representa 42% das ligações residências no estado.
“O cenário é propício. Temos aumento da renda média e mais crédito a disposição, o que leva ao aumento da atividade comercial e a compra de um volume maior de bens duráveis, como os eletrodomésticos. Tudo isso somado explica o crescimento do consumo observado”, explicou o gerente de assuntos regulatórios da Cemar, Cristiano Logrado, ao comentar os números da Resenha Mensal de Consumo.
Segundo a Pnad, entre 2005 e 2009, o número de residências cresceu 17,7% e o número delas equipadas com eletrodomésticos também subiu: em 2005, apenas 7% das 1,44 milhão de residências tinham máquinas de lavar e 67,1% tinha geladeira. Em 2009, quando já haviam 1,7 milhão de casas, 14% tinham máquina de lavar e 82,5% tinha geladeira. 

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