segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Foliões se despedem do pré-Carnaval

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Foliões se despedem do pré-Carnaval
 
 
Milhares de foliões foram às ruas sábado e ontem para aproveitar a programação do último de fim de semana de pré-Carnaval. Houve movimento em diversos pontos da cidade. Apresentações de grupos e shows de artistas se espalharam pelos Vivas, Avenida Litorânea e pelo Centro, fazendo a alegria de foliões de todas as idades.
A folia no Centro, ontem, começou às 17h com o cortejo que seguiu da Praça Deodoro até a Madre Deus. A Jardineira de Arlindo Pipiu e a Orquestra do Bom Menino puxaram o arrastão, tocando o melhor das marchinhas carnavalescas. Continuando o cordão da folia, o bloco Os Fuzileiros da Fuzarca, Arlequim de Ouro e Unidos de São Roque fizeram um cortejo animado por instrumentos de percussão. Os foliões atenderam ao chamado e seguiram os blocos, acompanhando as apresentações nos palcos montados ao longo do circuito.
Na Vila Gracinha, quem comandava a festa era o Bicho Terra, que, capitaneado pelo seu novo personagem, o Bicho-luz, colocou todo mundo para dançar as coreografias e cantar as letras clássicas do grupo. “Esse é o Buraco Negro do Bicho Terra. Nossa percussão no meio do povo, separada apenas por um cordão, dá o ritmo da folia nesse pré-Carnaval”, disse José Pereira Godão, líder da trupe do Bicho.
Na Praça da Saudade, Adão Camilo, vencedor da edição deste ano do Festival Maranhense de Música Carnavalesca, puxava o Bloco Não Enxiriza Malandro. A foliona Cristina Pinheiro era uma das mais animadas. “O bom das prévias é que são menos lotadas. Então, dá para dançar mais. Porém, o bom mesmo é nos dias de festa oficiais porque dá para reunir os amigos que são liberados do trabalho e a animação fica maior”, afirmou.
Os Foliões fizeram a festa no Ponto do Meio, seguidos pelo grupo de percussão Canto Quente. As batidas tradicionais do Tambor de Crioula do Lira ecoaram pelo Ponto do Meio e enquanto as coreiras giraram suas saias, no Ponto de Fuga o samba dava o ritmo para quem assistia à apresentação do Grupo de percussão Garra do Tigre.
Quem queria um pouco mais de conforto foi para o Ceprama, onde estavam acontecendo shows de artistas locais. A cantora Rosa Reis misturou marchinhas, afoxés e música maranhense. Francisco Guilherme Oliveira foi com a família. “Aqui é bom porque é fechado. Tem onde sentar e a segurança é maior. Como tenho filhos pequenos, é o ideal”, afirmou.
Último ponto do circuito, para quem desceu da Deodoro, o Beco das Minas teve apresentação de grupos de pagode, tambor de crioula, tribos de índios, blocos tradicionais e afro.
Na Avenida Litorânea, o circuito foi marcado pelas jardineiras e blocos alternativos, que percorreram o circuito em trios elétricos arrastando milhares de foliões pela orla de São Luís. A Bandida, bloco que concentra, mas não sai, foi quem abriu a festa seguida pela irreverência do Jegue Folia. O reggae do GDAM colocou os presentes para dançar reggae e o Q-Bixa Elétrica tocou marchinhas de Carnaval com um toque de bom humor.
Sábado – Não faltou quem trocasse a balada de sábado pela folia carnavalesca. Nessa última prévia, a programação foi intensa nos Vivas Anjo da Guarda, Liberdade, Bairro de Fátima e João Paulo que receberam apresentações diversificadas, animando desde as crianças até os idosos. No Bairro de Fátima, por exemplo, a folia foi garantida com o show da Banda do Bicho Terra.
No Viva Anjo da Guarda, as pessoas acompanharam com dança e palmas cada novo grupo que chegava ao local. Assim foi com o Bloco Os Vigaristas. Os percursionistas fizeram com que o público dançasse desde o batuque produzido pelas caixeiras do Divino, até a batida do reggae.
Passarela do Samba em montagem final
Durante a manhã de ontem, foram feitos os últimos ajustes na estrutura da Passarela do Samba, no Anel Viário, que, durante os dias de Carnaval, receberá os foliões durante os desfiles dos blocos tradicionais, tribos de índio e escolas de samba. Hoje será iniciada a decoração do local. A previsão da Fundação Municipal de Cultura (Func) é que tudo esteja pronto amanhã.
De acordo com a Func, a expectativa é de que 9 mil pessoas, em média, prestigiem as apresentações diariamente. A passarela comporta quatro módulos de arquibancada com 6 mil lugares, 40 camarotes - com capacidade para receber até 20 pessoas cada - e 2.500 lugares em cadeiras de pista.
Nos anos anteriores a capacidade da passarela era de 10 mil expectadores. Segundo o responsável pelo setor de arquitetura da Func Agnaldo Rêgo, a redução é para garantir mais comodidade ao público. “Nós retiramos um dos vãos de cadeiras para aproximarmos mais a arquibancada do público. Um número menor de pessoas garante também mais segurança aos foliões”, explicou.
A programação da Passarela do Samba será aberta no dia 3 de março com a entrega da Chave da Cidade, pelo prefeito João Castelo, ao Rei Momo, Cadu Rodrigues. Haverá, na ocasião, o desfile de vários grupos.


Jock Dean - Da equipe de O Estado

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