Ronald Robson
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| Empreendimentos para a parcela mais abastada da população também alteram a paisagem. |
O crescimento populacional de São Luís, assim como o incremento econômico de certa parte de sua população, tem forçado o desenvolvimento urbano que, ainda quando luxuoso, introduz elementos estranhos às paisagens histórica e litorânea da capital. A recente instalação de novos prédios frente à orla marítima da cidade vem se somar às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e às tendências imobiliárias já dominantes, como a de privilegiar condomínios, os quais já reestruturaram bairros inteiros de São Luís, como o Turu. A seguir, as três tendências arquitetônicas e imobiliárias são comentadas por Frederico Lago Burnett, arquiteto e superintendente do Patrimônio da Cultura do Maranhão.
Rumo ao Mar
Uma parcela ínfima e privilegiada dos mais de um milhão de habitantes de São Luís tem achado em apartamentos milionários o local adequado para viverem com conforto, segurança e privacidade. Muito atraente são tais obras, aliás, às construtoras e empresários do ramo imobiliário. “São Luís tem uma estrutura fundiária muito parcelada, como se pode ver na Cohama, onde empreendimentos de grande vulto não se instalam porque, para tanto, teriam de ser comprados vários terrenos pequenos”, afirma Frederico Lago Burnett. Quadro bem diferente, ainda segundo o arquiteto, é o de áreas como o Calhau. “Ao longo da Avenida das Holandeses, os empresários já irão encontrar grandes glebas ociosas, que pertencem a pessoas que as querem vender, e caro. Comprar um terreno com o tamanho necessário a um edifício de luxo é mais atraente”, explica Burnett.
Isolamento
Há áreas de São Luís já completamente loteadas pelo mercado imobiliário de condomínios: no Turu, onde o metro quadrado já custa mais de R$ 2 mil, não há mais terrenos livres para serem comprados. Há vias já emblemáticas, inteiramente preenchidas por condomínios de casas, como a Rua Nossa Senhora da Vitória (Turu) e a Rua das Cegonhas (Olho D’Água), onde o valor de uma casa varia de R$ 100 mil a R$ 300 mil. “Condomínio é a industrialização da construção. O construtor tem uma linha de montagem: mesmas máquinas, operários, tudo trabalhando com um mesmo padrão. É rápido para fazer, e o espaço é utilizado de forma mais rentável: uma casa colada à outra, o que representa economia”, comenta Lago Burnett. Isto acaba criando “guetos” de luxo em São Luís: no momento, constrói-se, no Altos do Calhau, um condomínio de 11 mil hectares. Ou seja: seu tamanho corresponde ao de 16 quadras do Centro Histórico.
Rumo ao Mar
Uma parcela ínfima e privilegiada dos mais de um milhão de habitantes de São Luís tem achado em apartamentos milionários o local adequado para viverem com conforto, segurança e privacidade. Muito atraente são tais obras, aliás, às construtoras e empresários do ramo imobiliário. “São Luís tem uma estrutura fundiária muito parcelada, como se pode ver na Cohama, onde empreendimentos de grande vulto não se instalam porque, para tanto, teriam de ser comprados vários terrenos pequenos”, afirma Frederico Lago Burnett. Quadro bem diferente, ainda segundo o arquiteto, é o de áreas como o Calhau. “Ao longo da Avenida das Holandeses, os empresários já irão encontrar grandes glebas ociosas, que pertencem a pessoas que as querem vender, e caro. Comprar um terreno com o tamanho necessário a um edifício de luxo é mais atraente”, explica Burnett.
Isolamento
Há áreas de São Luís já completamente loteadas pelo mercado imobiliário de condomínios: no Turu, onde o metro quadrado já custa mais de R$ 2 mil, não há mais terrenos livres para serem comprados. Há vias já emblemáticas, inteiramente preenchidas por condomínios de casas, como a Rua Nossa Senhora da Vitória (Turu) e a Rua das Cegonhas (Olho D’Água), onde o valor de uma casa varia de R$ 100 mil a R$ 300 mil. “Condomínio é a industrialização da construção. O construtor tem uma linha de montagem: mesmas máquinas, operários, tudo trabalhando com um mesmo padrão. É rápido para fazer, e o espaço é utilizado de forma mais rentável: uma casa colada à outra, o que representa economia”, comenta Lago Burnett. Isto acaba criando “guetos” de luxo em São Luís: no momento, constrói-se, no Altos do Calhau, um condomínio de 11 mil hectares. Ou seja: seu tamanho corresponde ao de 16 quadras do Centro Histórico.

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