sábado, 22 de janeiro de 2011

MA precisa de 100 mil trabalhadores qualificados

Falta de mão de obra qualificada é apontada como um dos entraves para o Maranhão seguir nos trilhos do desenvolvimento. O assunto foi debatido na Fiema.
Teresa Dias

Secretários de Estado e representantes dlo empresariado se reuniram na manhã de ontem, 21, na Fiema.



A Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema) reuniu-se ontem pela manhã com os secretários de estado para apresentar 31 prioridades para o desenvolvimento do setor produtivo maranhense. Marco Antônio Moura da Silva, superintendente coorporativo da Fiema, explicou os itens, que estavam divididos em oito áreas que iam desde desenvolvimento científico e tecnológico até redução das desigualdades espaciais de renda. Entre os entraves para a aceleração do desenvolvimento do estado, está a falta de mão de obra capacitada. Situação admitida pelo Secretário de Indústria e Comércio do Maranhão, Maurício Macedo.

Ele disse que há um déficit de pelo menos 100 mil trabalhadores qualificados no Maranhão, e que isto é um ponto emergencial. O Secretário também afirmou que o Governo está negociando para trazer fornecedoras de máquinas e equipamentos para o estado e que o Terminal Portuário do Mearim, que ainda está em construção e deverá servir à Refinaria da Petrobrás, além de ser utilizado para escoar a produção da Usina Siderúrgica, trará benfícios consideráveis para atividade industrial.


Edilson Baldez, presidente da Fiema frisou a carência de mão-de-obra no estado e classificou a situação como um “colapso”. Visando isto, propostas relativas a
educação falavam de adequação das grades curriculares dos cursos universitários à realidade maranhense, ajustando-os a demanda industrial, e ampliação e melhoria da educação tecnológica e profissionalizante. Esta última é uma das grandes fornecedoras de trabalhadores para a indústria: o setor automobilístico tem 45,71% de seu contingente com este tipo de formação e o de petróleo e gás tem 37,34%. Isto os coloca no primeiro e terceiro lugar, respectivamente, no ranking dos maiores empregadores de pessoal de nível técnico.

A descentralização da atividade industrial foi colocada como alternativa para melhor distribuição do crescimento, com foco nos municípios com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A Fiema também sugeriu mais compras do Governo junto às indústrias locais, diminuindo assim as importações, e uma Lei de Incentivo à Inovação que trouxesse mais benefícios tributários.

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