Com o aumento das chuvas, o Governo do Estado prepara Plano Emergencial de Ações Preventivas de Combate às Enchentes do Maranhão. Até amanhã, o projeto deve estar concluído. Na tarde de ontem, o secretário-chefe da Casa Civil, Luis Fernando Silva, se reuniu com secretários e representantes de 11 secretarias e órgãos estaduais. O objetivo da ação é evitar desastres como os que aconteceram na Região Serrana do Rio de Janeiro. A Defesa Civil mapeou 82 municípios situados em áreas de risco no estado.
O plano estratégico envolve medidas conjuntas de atuação para reduzir as conseqüências do período chuvoso no estado. "As enchentes destroem roças, arrasam propriedades, alagam casas, causam fome, provocam mortes e trazem doenças. "A determinação da governadora é que todas as instituições estejam em alerta para prevenir possíveis ocorrências. Queremos garantir agilidade no socorro e no emprego de recursos para evitar que a população sofra efeitos drásticos", declarou o chefe da Casa Civil, que representou a governadora Roseana Sarney na reunião.
As iniciativas devem incluir ações para a evacuação das áreas com maior risco de alagamento, arranjo de abrigo para as famílias removidas, treinamento para montagem de hospital de campanha, recuperação de rodovias, abertura de licitação e aluguel de máquinas para a reconstrução de estradas, compra de material emergencial como colchões, filtros e barracas, auxílio para os agricultores, entre outras estratégias de atuação.
Uma das grandes preocupações de Luis Fernando Silva é com o rompimento de estradas. "Se isso ocorrer, deveremos recuperá-las rapidamente para que a população não fique isolada e sem receber ajuda", afirmou.
O plano de combate às enchentes também prevê treinamento e montagem de página específica na internet para auxiliar os administradores dos municípios a pedir ajuda. "Precisamos estar preparados para as questões burocráticas, pois o foco de nossa atenção em caso de desastre é a população. Não podemos enfrentar esse tipo de dificuldade", disse o secretário de Planejamento, Fábio Gondim.
A questão dos abrigos em caso de evacuação também foi debatida durante a reunião. "Escolas da rede municipal e estadual de ensino devem estar preparadas para o caso de abrigar as famílias removidas", explicou o chefe da Casa Civil.
Algumas ações preventivas já estão sendo realizadas em municípios maranhenses, segundo o secretário de Segurança, Aluísio Mendes. De acordo com ele, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros já preparam relatório sobre as áreas afetadas.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para ocorrência de fortes chuvas no estado no primeiro semestre deste ano. A previsão do Núcleo Estadual de Meteorologia e Recursos Hídricos da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) também é de incidência de fortes chuvas em 2011, principalmente nos meses de março e abril. As áreas mais suscetíveis às intempéries estão localizadas na Região Tocantina, por causa do Rio Tocantins, e nas regiões do Centro e da Baixada em virtude das enchentes do rio Mearim.
Em 2009, quando ocorreu a segunda maior enchente registrada no Maranhão em 30 anos, o Governo do Estado gastou R$ 12 milhões. Cerca de 1,5 milhão de pessoas foram atingidas. Cidades como Bacabal, Trizidela do Vale, Pedreiras, Vitória do Mearim, Arari e municípios da Baixada foram destruídos por causa das cheias.
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